Publicado em: 28/01/2025 às 11:05hs
Os estoques elevados dos moinhos nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná têm restringido a valorização dos preços do trigo, mesmo em um cenário de variações cambiais favoráveis. Segundo a TF Agroeconômica, os moinhos no Rio Grande do Sul aproveitaram o pico do dólar em dezembro para ampliar seus estoques, garantindo suprimentos suficientes para atender à demanda até março e estabilizando os preços.
Atualmente, no Rio Grande do Sul, o preço do pão varia entre R$ 1.280,00 e R$ 1.300,00, enquanto o trigo branqueador é cotado entre R$ 1.550,00 e R$ 1.600,00 FOB. Na exportação, o trigo tipo Milling, com entrega em fevereiro, registra preço de R$ 1.350,00 no porto, mas sem fechamento de negócios. Já no mercado interno, a saca de trigo em Panambi permanece estável em R$ 65,00.
Em Santa Catarina, o ritmo do mercado segue lento, refletindo a baixa nas vendas de farinha. As ofertas CIF variam entre R$ 1.400,00 em Mafra e R$ 1.500,00 em Pinhalzinho. O trigo importado, que chega pela Serra Morena, alcança R$ 1.700,00 no porto e R$ 1.800,00 no interior. Para os triticultores catarinenses, os preços pagos por saca se mantêm estáveis na maioria das regiões, com destaque para Joaçaba, onde houve alta para R$ 74,33.
No Paraná, o cenário é semelhante, com mercado lento e estoques de alguns moinhos suficientes para abastecer até abril, o que limita novos aumentos de preço. As cotações CIF variam entre R$ 1.400,00 e R$ 1.450,00 nos Campos Gerais. No norte do estado, houve negociações a R$ 1.450,00 para liberar armazéns. Já o preço do trigo branqueador, indicado pelos moinhos, gira em torno de R$ 1.650,00 CIF, mas os últimos negócios foram registrados a R$ 1.700,00 FOB em contratos diferidos.
Apesar da estabilidade geral nos preços, o lucro médio dos triticultores paranaenses apresentou alta de 6,11% na última semana, conforme o Deral. Com o preço médio da saca a R$ 72,88 e custo de produção em R$ 68,68, o cenário se mostra mais favorável, mas ainda marcado pela prudência no mercado.
Fonte: Portal do Agronegócio
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