Aveia, Trigo e Cevada

Emater/RS-Ascar apresenta nova expectativa para o trigo no RS

Os eventos meteorológicos, como temporais acompanhados de granizo, geadas tardias e vários dias de intensas precipitações, ocorridos nas últimas semanas voltam a afetar a produção agrícola do Estado


Publicado em: 16/10/2012 às 15:00hs

Emater/RS-Ascar apresenta nova expectativa para o trigo no RS

A cultura mais prejudicada foi o trigo, tendo em vista o alto percentual de lavouras que foram atingidas quando se encontravam nas fases críticas de floração/formação do grão/maturação. Segundo levantamento da Emater/RA-Ascar, a produtividade média em âmbito estadual, indicada pelos números analisados, está situada atualmente em 2.300 kg/ha, o que representa uma diferença de pouco mais de 10% em relação ao rendimento esperado inicialmente (2.560 kg/ha), projetando uma produção total de 2,284 milhões de toneladas ante as 2,554 milhões de toneladas previstas no início. Os primeiros números informam que a queda nos rendimentos varia de 5% no Centro do Estado (Região Administrativa de Santa Maria), chegando ao redor dos 20% nas regiões de Santa Rosa, Ijuí e Passo Fundo. Devido às circunstâncias, segundo os técnicos, a tendência é que essa diferença se acentue, haja vista o alto percentual de lavouras em fase de enchimento de grãos e a irregularidade do clima, que poderá prejudicar ainda mais a cultura. Os primeiros grãos colhidos têm apresentado baixa qualidade.

Para o milho e o feijão, as geadas ocorridas em fins de setembro provocaram a queima das plântulas recém-germinadas. No caso das recentes chuvas, o resultado foi o carreamento de fertilizantes e sementes de algumas lavouras. A consequência para o produtor é a necessidade de replantio de diversas áreas, implicando em aumento de custos de produção. Devido ao excesso de umidade no solo, os trabalhos de semeadura do milho e do feijão, que deveriam estar em plena evolução, encontram-se paralisados, com os produtores aguardando por dias mais secos para retomarem os trabalhos. A soja, que nesta época deveria ter cerca de 3% da área já plantada, segundo as médias históricas, tem o início de seu plantio retardado. Todavia, segundo os técnicos, para estas culturas ainda há tempo suficiente para recuperação, uma vez que o plantio está no início.

As fortes chuvas que atingiram as principais zonas de produção do arroz aumentaram de maneira significativa os volumes acumulados nas barragens destinadas à irrigação. Porém, isso fez com que o plantio, que se desenvolvia de forma acelerada até então, ficasse paralisado, aumentando apenas dois pontos percentuais em relação à semana anterior, alcançando 8% do total contra uma média de 10% para o período.

Na maior área semeada com a canola, compreendida entre o Planalto Médio e o Médio Alto Uruguai, a cultura encontra-se na fase de maturação e a colheita deverá ser reiniciada nos próximos dias. Em muitas áreas foram realizados o corte e o enleiramento. Nas Missões, a colheita encontra-se em fase inicial e prevê-se que deverão ocorrer perdas mínimas por intempéries na região. Nas regiões de Celeiro e Alto Jacuí, a cultura está em fase de maturação, com expectativa de rendimento entre 25 e 30 sacos por hectare. No Alto Uruguai, as lavouras estão indo para o final do ciclo e têm sofrido com os ventos e chuvas em excesso.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

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