Aveia, Trigo e Cevada

Cultivo do trigo traz oportunidades para produtores

Palha de trigo tem sido excelente alternativa de cobertura para proteger de enxurradas e manter o equilíbrio da temperatura e umidade do solo


Publicado em: 07/05/2012 às 10:50hs

Cultivo do trigo traz oportunidades para produtores

Desde o início do plantio direto, na década de 1970, a cultura do trigo passou a ser uma alternativa de renda e de manutenção do sistema agrícola. De acordo com o engenheiro agrônomo e coordenador técnico da regional da Cooperativa Alfa no Planalto Norte, Idimar Roberto Cenci, por ser uma cultura de inverno que pouco afeta a safra de soja no verão, o cultivo de trigo foi entendido como uma oportunidade para produtores. “Politicamente, o trigo tem ficado a mercê de acordos comerciais, com os países que são produtores por vocação, como Argentina, Países Europeus e Canadá”, comenta.

RENDA

Segundo o engenheiro agrônomo, como alternativa de renda, a cultura do trigo pouco tem atraído os agricultores, devido à baixa garantia de colheita ocasionada por riscos climáticos e mercado pouco promissor. “Isso faz com que as terras fiquem sem nenhum cultivo no inverno”, explica. Contudo Cenci destaca que a necessidade de alimentar cada dia mais pessoas e os novos desafios da produtividade, colocam a cultura do trigo, como uma opção, e acima disso como uma peça importante no processo produtivo. “Com o domínio da biotecnologia pelas empresas produtoras de sementes, temos uma enxurrada de variedades de soja e híbridos de milho, com potencias exorbitantes de produtividade e para podermos aproveitar estes potenciais, precisamos que o agricultor mais do que nunca, preparem o solo para isto”, justifica. Para Cenci, cuidar da fertilidade do solo é sem dúvida a mais importante tarefa do processo produtivo. Contudo, segundo o engenheiro agrônomo, proteger a fertilidade é um fator imprescindível, pois de nada adianta melhorar a fertilidade e deixar o solo exposto às adversidades climáticas. “A palha de trigo, tem sido uma excelente alternativa de cobertura do solo, para proteger das enxurradas e manter o equilíbrio da temperatura e umidade, amenizando estiagens e mantendo a vida de micro-organismos benéficos no solo”, conta.

REGIÃO

Conforme Cenci, o Planalto Norte de Santa Catarina, é hoje uma referência de produtividade e qualidade de trigo. São aproximadamente sete mil hectares, com uma produtividade média de três mil quilos por hectare. “A Cooperalfa tem incentivado o plantio de trigo, desde que iniciou suas atividades na região e trouxe a segurança de oferecer variedades com alto potencial de produtividade, aliado a cultivares com boa aceitação no mercado garantindo assim sua comercialização”, comenta. Segundo Cenci, o trigo tem potencial de produtividade de aproximadamente seis mil quilos por hectare. “Temos conseguido em áreas demonstrativas uma produtividade de aproximadamente cinco mil quilos por hectare. De acordo com ele, isso demonstra que com alguns ajustes de fertilidade, variedades e técnicas adequadas pode-se obter alta produtividade para a cultura. As variedades plantadas são diversas. Segundo Cenci, obrigatoriamente as variedades precisam atender o que o mercado precisa, ou seja, o trigo necessita de qualidade para a indústria, seja para pães ou massas. “São plantados trigos para pão, tipo melhorador e do tipo brando que é utilizado para fabricação de massas e biscoitos”, explica. De acordo com Cenci, o agricultor que plantar trigo, possui a oportunidade de assegurar sua lavoura por meio do seguro agrícola, que não depende da tecnologia usada ou da fonte dos recursos da lavoura. “O Governo Federal tem oferecido este seguro de forma atrativa e sem burocracia, com subvenção de 70% do valor e garantindo uma receita de até R$ 1.000 por hectare, com um custo de contratação de R$ 29,60”, garante.

Fonte: Correio do Norte Online

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