Publicado em: 02/03/2012 às 18:20hs
Reportagem de capa da revista Globo Rural do mês de março aborda um tema que está na pauta de discussão internacional: a economia verde. Em junho, esse será o eixo da Rio+20. A publicação utilizou um caso bem sucedido, do Grupo Orsa, que após cinco anos no vermelho prevê lucro de R$ 10 milhões com a exploração sustentável de madeira na Amazônia.
O presidente da empresa, Sergio Amoroso, foi objetivo quando perguntado a respeito das dificuldades enfrentadas: “quase desisti do negócio”, contou. A situação só mudou quando a estratégia passou a ser priorizar árvores com maior rendimento de madeira e espécies com maior retorno no mercado europeu, o principal consumidor dos produtos. Antes, o padrão era desenvolver novas espécies para diminuir a pressão sobre as árvores mais procuradas.
“Não adianta a empresa querer, sozinha, mudar o mundo de uma hora para outra. Quem se arrebenta somos nós”, declara João Prestes, diretor de negócios florestais, em referência à questão mercadológica da atividade.
O Grupo Orsa utiliza técnicas de manejo florestal sustentável, que prevêem estudos detalhados das áreas de florestas de modo a identificar maneiras de extrair os recursos sem prejudicar o ciclo de vida natural do ecossistema. As operações da companhia na floresta são certificadas pelo FSC, um selo reconhecido internacionalmente. Além disso, a qualidade do modelo implantado foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
É praticamente consenso que o manejo sustentável seja uma opção adequada às necessidades sociais e ecológicas da Amazônia. No entanto, a pergunta que precisa ser feita, de acordo com a publicação, é como tornar rentável um negócio que custa até 30% mais que explorações convencionais. É o que parece ter conseguido fazer o Grupo Orsa, conforme mostra a reportagem.
Vício difícil de largar
A Globo Rural de março também traz em suas páginas um breve panorama da atual situação da indústria fumageira no Brasil, pegando como exemplo uma cidade do Rio Grande do Sul. Foram ouvidos pequenos agricultores, que contam de que maneira estão tentando diversificar as culturas cultivadas de modo a diminuir a dependência econômica do fumo.
Números:
O Grupo Orsa pretende lucrar R$ 10 milhões em 2012 e R$ 14 milhões em 2013
545.000 hectares é a área de manejo da empresa, a maior do Brasil certificada pelo selo FSC
30 anos é o período de duração do ciclo das espécies dentro do manejo.
Fonte: Imagem Corporativa
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