Publicado em: 01/08/2013 às 18:10hs
O argumento do governo é a necessidade de equilibrar os preços o valor da saca vem crescendo, chegando a uma média de R$ 34 e liberar os estoques públicos de 1,1 milhão de toneladas do grão.
Conforme o secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, em março já havia sido acertado com representantes do setor que ocorreria leilão do grão se a saca passasse dos R$ 33. "Vamos fazer a operação e avaliar. Se o preço não cair, seguimos com leilões. Se derrubar muito o valor, não faremos mais", explica.
Vem de um passado recente a preocupação dos produtores. Na safra de 2010/2011, da qual a maior parte dos arrozeiros não quer nem lembrar, a quantia paga ao produtor chegou à casa dos R$ 18, bem abaixo do preço mínimo de R$ 25,80. Como resultado, o setor viveu uma das piores crises. Produtores acumularam dívidas que ainda estão sendo pagas, dentro do programa de renegociação. Não por acaso, o tema apareceu durante os discursos na cerimônia de posse do novo presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles.
É preciso que os leilões sejam bem conduzidos. Nem sempre a queda de preço para o produtor se reverte em menor valor para o consumidor alerta o secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, ao comparar que, naquele período, a redução para o produtor foi de 48% e para o consumidor, 13%.
Presidente da Câmara Setorial do Arroz e da comissão do arroz da Farsul, Francisco Schardong reitera a tese, afirmando que o reflexo nas prateleiras dos supermercados demora três meses a aparecer, porque o varejo primeiro gasta o estoque com o preço antigo.
Alertado sobre o risco de efeitos negativos para o preço ao produtor, Geller garante que para o arroz tipo 1, o preço mínimo do leilão será na casa de R$ 33:
Não queremos valores acima de R$ 35, que gerem inflação, e nem abaixo dos R$ 33, que prejudiquem o produtor.
Fonte: Zero Hora
◄ Leia outras notícias