Publicado em: 24/02/2012 às 15:10hs
Segundo o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, em São Borja, Itaqui, Maçambará e Agudo, onde a colheita atinge percentuais maiores, a produtividade média alcançada até o momento gira ao redor dos 6.700 kg/ha, ante uma expectativa inicial, para essa região, de 7.500 kg/ha. Já em Cacequi, na região Central, a colheita iniciou com uma produtividade menor (6.200kg/ha) e com uma qualidade de grãos baixa, na faixa de 54% de grãos inteiros, fruto da pouca disponibilidade de água para irrigação durante o ciclo. O desenvolvimento e a sanidade dessas lavouras são considerados normais. Nesse sentido, as últimas chuvas ocorridas nos últimos dias nas principais zonas de produção, localizadas principalmente na parte Centro-Sul do Estado, têm ajudado os rios e riachos a aumentar a disponibilidade de água para a irrigação, o que dá uma sobrevida às áreas que estavam sendo prejudicadas pela forte estiagem.
Prossegue a colheita da 1ª safra de feijão no Estado, avançando e devendo estar finalizada no início do mês de março. As chuvas que voltaram a cair em boa parte das regiões produtoras não influirão no resultado da safra, pois restando apenas 10% da área a ser efetivada. Essas precipitações que melhoraram a capacidade de umidade do solo possibilitam, nas áreas mais prejudicadas com a estiagem, a semeadura da safrinha, que ainda não tem previsão de área definida.
Devido às condições adversas registradas ao longo do ciclo do milho, com a deficiência hídrica se acentuando a partir de meados de novembro passado, há muita oscilação nos rendimentos alcançados nesta safra. O que foi semeado em agosto de 2011 vem obtendo produtividades próximas a 100 sacos/ha (6 mil kg) em algumas áreas. Naquilo que foi semeado após o mês de setembro, esses rendimentos baixam para 3,6 mil kg/ha, ou mesmo para 1,8 mil kg/ha, dependendo da área. Em termos estaduais, porém, a média vem se mantendo em torno dos 2,7 mil kg/ha. No momento, a área colhida representa 36% do total cultivado, existindo ainda 20% já maduros e por colher.
Na soja, a falta de chuvas, a baixa umidade do solo e as altas temperaturas verificadas em boa parte do último período agravaram a situação de algumas lavouras, aumentando os danos e baixando a perspectiva de um rendimento satisfatório dessas lavouras. O retorno das chuvas deverá ajudar o enchimento de grãos, porém, o que se visualiza na maioria das lavouras é a baixa fixação de flores e vagens. Mesmo onde as plantas cresceram devido às chuvas ocorridas no período entre novembro e fevereiro, o número de vagens é pequeno. Nesse cenário, os cultivares precoces foram os mais prejudicados.
Fonte: Emater - RS
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