Publicado em: 24/09/2013 às 19:50hs
O cultivo se iniciou pela Fronteira-Oeste. O primeiro município a plantar foi o de Uruguaiana, com 4 mil hectares plantados de 328 mil previstos na região. Mas Alegrete é que registra a maior área plantada neste primeiro momento, com 5,62 mil hectares.
No total, dos 30 mil hectares semeados no Estado, o que representa 3% da área total, 23,16 mil estão na Fronteira-Oeste. Estes produtores anteciparam o período tradicional do plantio, que tem início geralmente no dia 20 de setembro e vai até 5 de novembro. No entanto, o grande volume da semeadura do arroz deve ocorrer em outubro. A expectativa do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) é de que sejam plantados cerca de 1,1 milhão de hectares nesta safra, área 2% superior ao registrado no período anterior.
Conforme o presidente do Irga, Cláudio Pereira, as precipitações paralisaram o trabalho nas lavouras, mas isto não deve afetar o ritmo ao longo do período do plantio. “A chuva impediu um início mais forte da semeadura, mas em outubro, quando é o período mais forte dos trabalhos a campo, temos previsão de tempo seco. Essa chuva ajudou a recuperar algumas barragens que estavam muito baixas e agora estão plenamente cheias. O solo úmido vai permitir que a cultura se desenvolva rapidamente”, salienta.
De acordo com Pereira, se o clima ajudar, além do aumento de área em 2%, a produtividade deve ter elevação de 3%. Isso faz com que o instituto feche uma previsão de colheita em 8,4 milhões de toneladas, acima das 7,9 milhões do período passado, o que dá uma alta de 5% na produção. Para o presidente do Irga, isso se deve aos preços praticados no mercado tanto do arroz quanto da soja, que desde a safra anterior divide terrenos com o cereal. “Este ano esperamos que 30% das áreas do arroz sejam destinadas para o consórcio com a soja. Acredito ainda que este número possa aumentar, pois os produtores estão animados com os preços dos grãos”, avalia.
O panorama de mercado, entretanto, requer cautela, segundo o analista de Safras e Mercado Eduardo Aquiles. Segundo ele, o arroz vem sofrendo com ligeira queda de preço, mas ainda está acima da média histórica para o mês. “Hoje, a cotação gira em torno de R$ 34,30, quando a média dos últimos cinco anos para setembro é de R$ 30,15. Um dos motivos é a intervenção do governo federal com leilões para segurar os preços. O que pode trazer algum problema ainda é a alta do dólar, que dificulta as exportações, e este produto pode acabar sobrando no mercado interno”, ressalta.
Fonte: Jornal do Comércio
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