Arroz

Perspectivas para o Arroz em 2025: Oferta Ampla e Pressão sobre os Preços, Aponta Safras

Brasil projeta aumento de 12,3% na produção, mas crescimento de área e estoques elevados podem levar a uma queda nos preços


Publicado em: 26/11/2024 às 19:20hs

Perspectivas para o Arroz em 2025: Oferta Ampla e Pressão sobre os Preços, Aponta Safras

O cenário para a produção de arroz no Brasil em 2025 é de ampla disponibilidade, com uma recuperação significativa da produtividade e aumento da área plantada. A produção nacional deve alcançar aproximadamente 11,6 milhões de toneladas, representando um crescimento de 12,3% em relação ao ano anterior. No contexto do Mercosul, a produção pode somar até 16 milhões de toneladas, o que tende a pressionar ainda mais as cotações, especialmente no primeiro semestre do próximo ano. As projeções são da Safras Consultoria.

Esse aumento na oferta será aliado a estoques de passagem superiores a 1 milhão de toneladas, resultado da retração do consumo doméstico e da comercialização mais fraca de arroz em 2024. Com isso, a disponibilidade total no Brasil pode atingir quase 14 milhões de toneladas. Em função disso, o analista Evandro Oliveira, da Safras & Mercado, acredita que os preços podem cair para o intervalo de R$ 80,00 a R$ 90,00 por saca (equivalente a US$ 14 a US$ 16) no pico da colheita, entre fevereiro e março de 2025.

Desafios para o Mercado Interno e Necessidade de Exportações

Para equilibrar essa pressão sobre os preços, será fundamental estimular o consumo interno e ampliar as exportações, destaca Oliveira. A expectativa é de que as exportações brasileiras aumentem 25% na temporada 2025/26, com destaque para mercados estratégicos como América Central, Caribe e México, este último um dos maiores importadores de arroz da região. As importações, por sua vez, devem recuar cerca de 13%, o que ajudará a minimizar o excesso de oferta no mercado interno.

No entanto, o analista ressalta que o consumo doméstico precisará desempenhar um papel ativo na absorção da produção, o que exigirá estratégias para fomentar a demanda e manter os preços remuneradores ao longo da próxima temporada.

Fonte: Portal do Agronegócio

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