Arroz

Novas cultivares de arroz resistentes à brusone

Caçula é indicada para terras altas em todo o Brasil Central e Rubelita é para várzeas sob irrigação por inundação contínua


Publicado em: 21/03/2012 às 14:40hs

Novas cultivares de arroz resistentes à brusone

Os produtores de arroz estão prestes a ganhar duas variedades resistentes à brusone: a BRSMG Caçula e BRSMG Rubelita. Ambas foram desenvolvidas pela Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), em parceria com a  Embrapa Arroz e Feijão, Universidade Federal de Lavras e Universidade Federal de Viçosa, vão começar a serem multiplicadas esta safra e devem chegar aos produtores em 2014.

A variedade Caçula é indicada para todo o Brasil Central (Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), tem produtividade média de 3.500 quilos por hectare e deve ser cultivada em terras altas, com ou sem irrigação por aspersão. Já a Rubelita é uma variedade recomendada  para várzeas sob irrigação por inundação contínua, exclusiva para Minas Gerais e tem produtividade média de 7 mil quilos por hectare. As duas apresentam ótima qualidade de grão, tanto para beneficiamento na indústria quanto no teste de panela, ou seja, arroz soltinho, macio e saboroso.

A Caçula é a variedade mais precoce até hoje lançada pela Epamig. Ela chega ao ponto de colheita entre 100 a 110 dias, no máximo. Tem ciclo superprecoce. Isso é importante porque, no período crítico de enchimento de grãos, ela escapa do veranico que acontece em janeiro e fevereiro — destaca o pesquisador Plínio César Soares, diretor de Operações Técnicas da Epamig.

A Rubelita tem ciclo entre 130 a 140 dias, que é considerado ciclo médio para o arroz de várzea. Mas Soares explica que essa questão de ciclo não é importante para o arroz de várzea, já que ele fica inundado durante todo o processo de cultivo.  A precocidade é mais importante para as condições em terras altas e sequeiro, em que as chuvas de verão fazem com que o solo fique úmido e limite a produção.

Ambas devem ser plantadas em outubro ou novembro. Outra recomendação importante que o pesquisador faz é em relação à análise de solo e ao uso do aparelho de umidade na hora da colheita.

O produtor deve fazer a colheita na época ideal, quando o grão das panículas já estão na coloração verde amarelado e deve medir a umidade com o aparelho específico para isso. Ela deve estar entre 18% a 20% de umidade, no máximo 22%. E não pode deixar o arroz no campo atrasando a colheita porque isso implica em quebra do grão na hora do beneficiamento do arroz na máquina — ressalta Soares.

Fonte: Juliana Royo/Portal Dia de Campo

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