Publicado em: 02/12/2024 às 11:40hs
O mercado brasileiro de arroz continua lento, com preços variando entre estáveis e em queda. Segundo o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira, "o foco principal permanece nos trabalhos de campo, evidenciando um cenário em que a comercialização do produto não avança de forma significativa".
No âmbito político, o governo programou leilões de Contrato de Opção de Venda (COV) para os dias 5 e 6 de dezembro, com a oferta de até 500 mil toneladas de arroz longo fino em casca (tipos 1 e 2) da safra 2024/25. Com recursos estimados em cerca de R$ 1 bilhão, o objetivo dessas operações é proteger a renda dos produtores, especialmente durante a volatilidade de preços típica no período de safra.
No entanto, o analista destaca que os valores estimados para o COV, entre R$ 86,00 e R$ 89,00 por saca, têm gerado incertezas quanto à sua atratividade. Isso se deve ao fato de que o preço mínimo previsto para o pico da safra, entre fevereiro e março de 2025, deve variar entre R$ 80,00 e R$ 90,00, o que torna difícil garantir que os leilões sejam suficientemente vantajosos.
No mercado externo, as projeções indicam que os preços de exportação podem alcançar US$ 14 por saca no porto, o que pode estimular as vendas internacionais e proporcionar suporte às cotações no mercado interno. "Com o enfraquecimento do consumo doméstico, a recuperação das exportações será essencial para equilibrar a oferta interna e limitar o impacto negativo sobre os preços ao longo de 2025", afirma Oliveira.
A média do preço da saca de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), principal referência nacional, encerrou a quinta-feira (28) cotada a R$ 104,07, apresentando uma queda de 5,77% em relação à semana anterior. Em comparação com o mesmo período do mês passado, a redução foi de 12,31%, e, quando analisado em relação a 2023, a perda foi de 10,13%.
Fonte: Portal do Agronegócio
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