Publicado em: 12/07/2012 às 16:20hs
Está programada para a próxima semana o primeiro embarque de arroz da Fronteira Oeste para a Nicarágua.
Mesmo com todos os problemas de endividamento do setor, há algo diferente, afirma o presidente da Associação dos Arrozeiros de Alegrete, Henrique Osório Dornelles . “Está havendo demanda”, enfatiza. Será o primeiro de três navios, que já contam com arroz estocado no porto para o carregamento. Uruguaiana e Alegrete foram as cidades da região que participaram efetivamente da transação.
A busca por alternativas para a venda do arroz da Fronteira Oeste, que produz o dobro do volume da segunda maior região produtora e que consequentemente possui os maiores estoques de passagem, aliado ao interesse de um operador de mercado conterrâneo, favoreceu a oportunidade da venda para exportação em casca do produto mais distante do porto.
É grande a expectativa do resultado no cliente final do arroz embarcado. O produto consumido na Nicarágua é proveniente dos EUA e segundo relatos, não está agradando ao consumidor devido a determinada variedade que vem sendo cultivada em grande escala naquele país. Contribui para isto o interesse dos produtores americanos em trocar áreas de arroz por milho ou soja, diminuindo a oferta do produto a ser exportado. “ Pelas características sensoriais, principalmente visual, o arroz gaúcho tende a ser muito superior ao atual, pelo menor índice de barriga branca e gessado”, explica Henrique Osório Dornelles.
Novos negócios estão em andamento e poderão interferir positivamente no mercado de arroz no Brasil, justamente no segundo semestre, quando espera-se um recuo da demanda por exportação.
Fonte: Associação dos Arrozeiros de Alegrete
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