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Cargo X registra crescimento de 58% no transporte de arroz entre janeiro e agosto de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado

Neste mesmo intervalo, plataforma ainda observou aumento de 103% nos fretes para soja e 59% nos carregamentos de milho, enquanto, no geral, o incremento verificado foi de 87%


Publicado em: 05/10/2020 às 17:20hs

Cargo X registra crescimento de 58% no transporte de arroz entre janeiro e agosto de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado

A alta do arroz tem influenciado também o transporte de cargas no setor de agronegócios. A Cargo X, maior marketplace de fretes do Brasil, que oferece uma plataforma com tecnologia de ponta e serviços necessários para que embarcadores e transportadores possam transacionar online de forma eficiente e segura, registrou crescimento de 58% no carregamento do grão entre janeiro e agosto de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado. 

Neste mesmo intervalo, a plataforma ainda observou um aumento de 103% nos fretes para soja e 59% nos carregamentos de milho. No acúmulo geral, o incremento verificado foi de 87%. “Entre os principais motivos para um aumento tão acentuado no transporte de arroz está o fato de que, em agosto, tivemos preços impulsionados pelo dólar, baixa oferta e alta demanda pelo produto tanto externa, quanto internamente. Juntos, todos esses fatores acabaram gerando uma necessidade ainda maior pelo transporte desse grão”, afirma Federico Vega, CEO da Cargo X. 

Destaques do agronegócio: 2019 vs 2020 

Em 2020, a maior demanda por fretes ocorreu em julho (23%), seguido por março (22%) e agosto (19%). Em 2019, o período que mais se destacou foi julho (18%), seguido de perto por fevereiro (13%), junho (12%) e março (11%). 

No acumulado de janeiro a agosto deste ano, a soja foi o principal produto transportado, representando 43% dos fretes, seguida pelo milho (35%), trigo (12%), açúcar (6%) e arroz (4%). De março a maio, a soja representou em média 50% dos fretes na Cargo X. A partir de junho, o transporte para o milho cresceu progressivamente de 30% (contra 40% para a soja) a 58% (contra 22% para a soja). 

Dentro do mesmo espaço de tempo durante o ano passado, o milho foi o principal produto transportado, representando 43% dos fretes, seguido pela soja (38%), açúcar (8%), trigo (6%) e arroz (5%). De março a maio, a soja também foi o produto mais transportado e representou em média 45% da demanda por transporte no setor de agronegócios da Cargo X. A partir de junho, a demanda por transporte para o milho se manteve em alta com uma média de 48% dos fretes (contra 35% da soja).

Aumento do número de exportações

Considerando o número de fretes com destinos aos portos brasileiros para exportação, a Cargo X constatou um crescimento de 223% no carregamento de trigo, 188% no de arroz, 186% no de açúcar e 142% no de soja. Os dados compreendem o intervalo entre os meses de janeiro a agosto deste ano, em comparação ao mesmo período de 2019.

Já em relação ao número de cargas que entraram no Brasil por meio dos portos, a empresa notou um aumento de 133% no carregamento de soja, 103% no de arroz e 59% no de açúcar, no comparativo ao ano anterior. Entre as principais commodities brasileiras, apenas o trigo ficou abaixo no número de importações, indicando uma queda de 38%.

Para esse levantamento, a Cargo X analisou os portos de Itaguaí (RJ), Paranaguá (PR), Rio Grande (RS), Santos (SP) e Suape (PE), que foram aqueles que contaram com volume de fretes em sua plataforma. Quando calculado apenas o transporte de arroz com destino à exportação no Porto de Paranaguá e Rio Grande, a companhia percebeu um aumento de 377% e 339% em cada um destes dois portos, respectivamente, no comparativo ao ano anterior. 

A Cargo X também verificou que a média do valor do frete para o porto de Paranaguá é de R$ 3 mil, enquanto para o de Rio Grande R$ 1,8 mil. Levando em consideração todos os portos analisados pela empresa, a média geral do valor de frete é de R$ 4 mil.     

Retomada pós-pandemia 

Com a reabertura da economia, a Cargo X ainda observou uma retomada considerável do setor de transportes como um todo. Entre junho e agosto, a plataforma verificou um crescimento de 23% na oferta de cargas de maneira geral. Os setores que apontaram maior aumento nesse período, em comparação com os meses de janeiro a março, pré-pandemia, foram o de higiene (58%), metais (aço, alumínio e ferro) com 53% e o de alimentos e bebidas (42%).

De abril a maio, quando a pandemia da Covid-19 afetou fortemente o mercado de logística e transportes, a empresa constatou uma redução de 23% na disponibilidade de fretes lotação e do número de caminhões que circulavam pelas cidades. Por outro lado, o e-commerce cresceu e, com ele, a disponibilidade de cargas fracionadas.

Nesse intervalo, a indústria de metais concentrava uma redução de 46% na oferta de cargas, enquanto a de alimentação uma queda de 17%, em comparação a janeiro e março. Já o setor de higiene foi o único que registrou números positivos, mesmo durante o pico da crise, quando alcançou 52% de crescimento em volume. 

“O impacto da crise fez com que as transportadoras e os caminhoneiros tivessem que buscar fretes mais proativamente em empresas de transporte, principalmente no ambiente online. Isso pode ser observado pelo aumento do número de caminhoneiros (4.590%) e transportadores (1.366%) que organicamente buscaram a plataforma da Cargo X como provedora de fretes, ao mesmo tempo em que a economia atingia fortes indícios de queda”, comenta Federico Vega, CEO da Cargo X.

Crescimento no faturamento do setor

O aumento da oferta de cargas influenciou no crescimento do faturamento registrado pelo setor e pelos caminhoneiros e transportadoras. A indústria de higiene cresceu 20% durante abril e maio e 73% entre junho e agosto, em relação ao período de janeiro a março.

Nos primeiros meses da pandemia, outros setores registraram queda em seus faturamentos. O segmento de metais teve redução de 46%, enquanto o de alimentos e bebidas caiu 28%. Já entre os meses de junho a agosto, com fortes indícios de retomada, esses setores registraram crescimento de 51% e 85%, respectivamente.

Fonte: People2Biz Comunicação

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