Publicado em: 24/02/2012 às 19:20hs
A continuidade das exportações brasileiras de arroz para que o País possa escoar seus excedentes e conquistar definitivamente o seu espaço no mercado internacional foi o tema da palestra do presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Claudio Pereira, e do gestor da Unidade de Alimentos da Cooplantio, Camilo de Oliveira, durante os debates da 22ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, em Restinga Seca.
Pereira enfatizou a situação vivida, no ano passado, pelo mercado brasileiro, quando houve uma superoferta do produto e em consequência, deprimiu os preços ao produtor, e muitos tiveram que vender seus produto abaixo dos custos de produção. “Com isso, o governo colocou em pleno funcionamento os seus programas de incentivo às exportações como o PEP e Pepro e conseguiu estimular as operações e tirar este arroz do Brasil”, disse o presidente do Irga.
O resultado foi o maior volume de exportações da história do País, em que o Brasil deve fechar até o final do mês de fevereiro, no ano/safra 2011/2012, em quase dois milhões de toneladas exportadas. Pereira destacou que a partir de iniciativas conjuntas governo federal e estadual, APEX e Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), seja no levantamento de informações sobre mercado às indústrias, participação em feiras internacionais para promoção do produto brasileiro. “Queremos diminuir a nossa dependência do PEP e nos tornanrmos um país exportador de arroz”, cita Pereira.
A próxima estratégia inclui a promoção de um encontro com importadores de dez países da Europa, África e Oriente Médio, durante a Expodireto, no mês de março, em Não-Me-Toque. Junto, ser]ao convidados jornalistas estrangeiros para que conheçam como se produz arroz no Estado. Pereira inclui ainda, que deve ser promovida discussão séria a fim de estabelecer cotas para a entrada de arroz dos países do Mercosul, para que a exemplo dos demais países exportadores mundiais, a produção brasileira seja protegida.
Oliveira apresentou os principais desafios para que o Brasil possa se tornar competitivo no mercado mundial. Segundo ele, o arroz é uma das principais culturas do Mundo e 90% é produzido e consumido nos países asiáticos, responsáveis por pouco mais de 7% das exportações. Ele traçou um perfil dos concorrentes brasileiros no cenário mundial, entre eles a Tailândia, que concorre com o produto brasileiro não em preço, mas em qualidade. Possui 50% da sua área cultivada com arroz, consumo de 100 quilos por habitante ao ano, duas safras e é o principal exportador mundial. “Com as enchentes ocorridas no país houve redução de produção e queda do produto exportável de dez milhões para 7,5 mil toneladas .
Oliveira destacou ainda, a redução nos preços internacionais provocados pela Índia que após três anos fora do mercado, acumulou estoques, cresceu em produção e voltou forte ao mercado. “Mesmo que o seu produto tenha menor qualidade, este arroz vai para o principal mercado atendido pelo Brasil que é o africano”. Um ponto positivo destacado por ele, é o aumento do consumo no continente de 2,6%, que deve ter um consumo este ano de dez milhões de toneladas. Segundo ele, a palavra chave para o Brasil é continuidade e para isso, deve solucionar alguns gargalos como a logística. Além disso, o país precisa incluir o arroz nas mesas de negociações com outros países.
Fonte: IRGA
◄ Leia outras notícias