Arroz

Arrozeiros pedem ao presidente da República soluções para o setor

Em ofício entregue a Jair Bolsonaro, orizicultores solicitam medidas relativas ao endividamento e implementação de plano de recuperação


Publicado em: 04/08/2020 às 12:15hs

Arrozeiros pedem ao presidente da República soluções para o setor

Os arrozeiros do Rio Grande do Sul estiveram presentes na visita do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira, 31 de julho. Na ocasião, o diretor da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul, Cristiano Cabrera, entregou documento com pleitos da classe arrozeira. O ofício, que já havia sido encaminhado a parlamentares do Congresso Nacional, também foi assinado pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS).

O documento solicita a atuação dos parlamentares junto ao Poder Executivo no sentido de adoção de medidas aptas à mitigar as dificuldades do produtores de arroz do Rio Grande do Sul com relação ao endividamento, vez que os custos de produção, dificuldades de acesso a crédito oficial e burocracia bancária, sistema de seguro inacessível, entre outros gargalos, estão inviabilizando a atividade orizícola no país.

O setor pede, além da formatação de medidas estruturantes ao setor, ações aptas a mitigar as consequências do endividamento que acomete os produtores da parte Sul do Estado do Rio Grande do Sul mediante implementação de Plano de Recuperação Econômica e Financeira dos Produtores de Arroz do Estado. Os arrozeiros solicitam a viabilização da renegociação de todo e qualquer passivo dos produtores da Região Sul do Estado Gaúcho, vencido a mais de um ano, existentes junto aos agentes financeiros, inclusive as cédulas rurais que restaram objeto de renegociações, perdendo sua natureza rural, bem como os demais valores lançados como prejuízo e em discussão judicial.

O pedido é de um prazo para adimplemento de 15 anos, sem prejuízo da carência de dois anos e juros de, no máximo, 5% ao ano, devendo a taxa de juros ser adequada à realidade da agricultura familiar e empresarial. O documento reitera ainda que a produção de arroz do Rio Grande do Sul é de fundamental importância à soberania nacional, vez que a segurança alimentar do povo brasileiro é garantida pelos orizicultores gaúchos.

Segundo Cabrera, o presidente Jair Bolsonaro informou que o assunto já está com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o ministro da Economia, Paulo Guedes. "Ele deve encaminhar o quanto antes, os ministros estão com uma ordem para tratar do assunto e estudar esta possibilidade. Pude explanar todas as dificuldades da classe, os motivos do endividamento como os problemas climáticos, alto custo de produção e falta de renda e todos os problemas estruturais que não são tratados que precisávamos de uma renegociação com urgência", destaca, salientando ainda que a intermediação para o encontro foi do deputado Afonso Hamm (PP-RS).

Fonte: Assessoria de Comunicação da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz)

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