Patrício Mendez Del Villar: Economista
Por: Assessoria de Comunicação Expoarroz

Para o economista Patrício Mendez Del Villar, do Centro de Pesquisas Frances para o Desenvolvimento da Agricultura – CIRAD, que esteve palestrando na 25ª Abertura da Colheita do Arroz, em Tapes/RS, o arroz brasileiro tem excelente aceitação internacional. Segundo ele, é preciso fortalecer as politicas comerciais e manter a relação de confiança com os governos. Nesta entrevista ele fala um pouco desse cenário internacional para o produto.

Qual a importância de eventos como a Expoarroz para a internacionalização do arroz brasileiro?
Patrício - O arroz brasileiro já é reconhecido internacionalmente, mas eventos como a Expoarroz são muito importantes e necessários para desenvolver ainda mais os laços comercias e trazer pessoas do exterior para conhecer o produto e fazer parcerias. Porque não basta apenas ter um bom produto, mas é muito importante ter uma relação de confiança de continuidade nos negócios, manter o relacionamento e o acompanhamento dos clientes.

Quais são as qualidades reconhecidas internacionalmente do arroz brasileiro?
Patrício - O que o Brasil produz melhor é o agulhinha e é nisso que tem que ser investido. Não adianta produzir para o mercado externo produtos como o arroz aromático, por exemplo, que apesar de já representar 20% do mercado mundial, é um mercado de nicho e ocupado por países que produzem esse tipo de arroz há mais de mil anos. O Brasil tem que competir onde já tem competitividade e ela está no arroz agulhinha.

Quais as dificuldades que a indústria nacional enfrenta e o que deve ser feito?
Patrício - O mercado internacional é bem controlado pelos governos porque o arroz é um produto estratégico para a segurança alimentar. Para ganhar mercado lá fora tem que haver um acompanhamento comercial e diplomático para consolidar essas parcerias de mercado. Organismos do arroz brasileiro como o Brazilian Rice são muito importantes. A indústria tem que fazer o que ela sabe fazer, mas para acompanhar esses mercados precisa do apoio de toda a cadeia produtiva e das entidades e governos. É preciso ter continuidade nas politicas comerciais e estar atento o que o mercado esta precisando. E para isso precisa de informação de mercado.