Publicado em: 28/04/2025 às 11:30hs
Estimativa da safra: projeção nacional sobe para 3,78 milhões de toneladas
A consultoria StoneX divulgou uma atualização em sua projeção para a safra 2024/25 de algodão no Brasil, indicando uma produção total de 3,78 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 0,4% em relação ao levantamento anterior. O crescimento é atribuído, sobretudo, à revisão positiva na produtividade das lavouras do Mato Grosso, principal estado produtor da fibra no país.
De acordo com a nova estimativa, a produtividade no estado deve atingir 1,81 tonelada de pluma por hectare, reflexo direto das boas condições climáticas registradas em abril, período considerado determinante para o desenvolvimento da segunda safra na região Centro-Oeste.
“O mês de abril, tradicionalmente decisivo para o desenvolvimento da segunda safra no Centro-Oeste brasileiro, foi marcado por condições climáticas favoráveis, impulsionando o bom desempenho das lavouras mato-grossenses”, destaca Raphael Bulascoschi, analista de inteligência de mercado da StoneX.
Enquanto o Mato Grosso impulsiona os números nacionais, o estado da Bahia apresentou redução nas estimativas de produtividade, reflexo de condições climáticas desfavoráveis registradas em março, sobretudo em áreas de sequeiro. O desenvolvimento dos terços inferior e médio das plantas foi prejudicado, levando à revisão da produtividade baiana para 1,85 tonelada por hectare.
Apesar das variações regionais, o cenário geral da safra é considerado positivo. Com o consumo doméstico de algodão permanecendo estável, a melhora nas projeções de produção deve resultar em estoques finais mais elevados para o ciclo 2024/25.
As exportações brasileiras de algodão permanecem estimadas em 2,9 milhões de toneladas, mesmo diante de um ritmo mais lento nos embarques observado recentemente.
Contudo, a StoneX ressalta a vulnerabilidade do setor às oscilações da demanda internacional, especialmente em um contexto de possível recessão econômica global. O ambiente externo ainda carrega incertezas importantes, como a disputa tarifária entre Estados Unidos e China, que segue como um dos principais pontos de atenção para os exportadores brasileiros.
Fonte: Portal do Agronegócio
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