Algodão

Safra de algodão no Mato Grosso tem maior custo desde 2022/23 e desafia rentabilidade do produtor

Mesmo com leve queda no custeio, despesas operacionais seguem elevadas e margem de lucro se mantém sob pressão


Publicado em: 24/04/2025 às 11:10hs

Safra de algodão no Mato Grosso tem maior custo desde 2022/23 e desafia rentabilidade do produtor
Custo da safra segue elevado no Mato Grosso

O cultivo de algodão no Mato Grosso continua exigindo investimentos elevados por parte dos produtores. De acordo com o boletim informativo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), houve uma leve redução de 0,09% no custo estimado da safra 2025/26 em comparação à projeção feita em fevereiro. Ainda assim, o valor atual de R$ 10.730,69 por hectare permanece o mais alto desde a safra 2022/23.

Despesas operacionais continuam subindo

Apesar do pequeno alívio no custeio total, os cotonicultores seguem enfrentando aumento nas despesas operacionais. O relatório de março de 2025 do projeto CPA-MT indica que o Custo Operacional Efetivo (COE) teve alta de 0,40%, alcançando R$ 15.292,10 por hectare. Esse aumento foi impulsionado, principalmente, pela elevação de 3,70% nos gastos com pós-produção, refletindo o encarecimento das etapas que sucedem a colheita.

Rentabilidade pressionada exige cautela na comercialização

Com os custos em patamares elevados, o produtor precisa vender a arroba da pluma por, no mínimo, R$ 129,51, considerando uma produtividade média de 118,08 arrobas por hectare, apenas para cobrir os gastos operacionais. Embora o preço médio de comercialização registrado até março tenha sido de R$ 134,30 por arroba, a margem de lucro é considerada uma das mais estreitas dos últimos anos.

Estratégia de vendas torna-se essencial para manter a viabilidade

Diante desse cenário, o setor reforça a importância da estratégia comercial para garantir a sustentabilidade da atividade. A recomendação é que o cotonicultor esteja atento às oportunidades de mercado, buscando negociar a produção em momentos favoráveis e, assim, proteger-se contra eventuais oscilações de preço que possam comprometer ainda mais a rentabilidade do cultivo.

Fonte: Portal do Agronegócio

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