Algodão

Prorrogação do vazio sanita´rio algodão em MT é devido a demora na colheita

Começa no próximo dia 1º o período proibitivo para o plantio do algodão em Mato Grosso


Publicado em: 24/09/2013 às 17:00hs

Prorrogação do vazio sanita´rio algodão em MT é devido a demora na colheita

Vazio sanitário tem duração de 60 dias e se estende até 30 de novembro. Neste ano, o início da proibição foi adiada em 15 dias, já que tradicionalmente o vazio sanitário do algodão começava em 15 de setembro. Mudança foi aprovada pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) por meio da portaria 072/2013 e atendeu a reivindicação dos cotonicultores, representados por meio da Associação Mato- grossense dos Produtores de Algodão (Ampa).

Justificativa para o pedido é que com o aumento da área plantada de algodão 2a safra a colheita demora mais para ser concluída. De acordo com levantamento da associação, o algodão de 2a safra ocupou 315,568 mil hectares no ciclo 2012/2013, enquanto o plantio de primeira safra envolveu 138,425 mil (ha), totalizando 453,993 mil (ha). Como observa o presidente do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMA), Álvaro Salles, há alguns anos o algodão passou a ser semeado mais tarde em Mato Grosso, exigindo uma mudança no calendário do vazio sanitário. “Com essa alteração, o controle de pragas será mais eficaz, porque o produtor tem mais tempo para destruir as soqueiras do algodão”.

Para reforçar o combate às doenças, o IMA fortalece o monitoramento das lavouras no ciclo produtivo 2013/2014, com a implantação de sistemas de alerta em todas as regiões produtoras do Estado, explica Salles. Em Mato Grosso, a maior parte das perdas na cultura são provocadas pelo bicudo do algodoeiro, mas a incidência de lagarta (Helicoverpa armigera) ao final do último ciclo também preocupou os produtores, por ser uma praga nova que se alimenta de outras plantas e provocou prejuízos na Bahia.

Estimativa do IMA aponta para perdas de aproximadamente 10% na safra de algodão, decorrente da incidência de pragas. “O maior prejuízo na verdade é com o aumento dos custos, porque se gasta mais para combater as pragas”. Coordenador de defesa sanitária vegetal do Indea, Ronaldo Medeiros, alerta para a necessidade dos produtores eliminarem todas as plantas vivas dentro e no entorno das propriedades. “Retirando as plantas vivas, a tendência é enfraquecer a presença das pragas, além de fungos, vírus e bactérias”.

Produção- Na safra 2013/2014, as perspectivas apontam para expansão de 28,5% na área plantada no Estado, envolvendo 581,076 mil (ha), segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agrope- cuária (Imea). Com esse avanço, a produção de algodão em pluma deve crescer 21,5%, totalizando 834,909 mil.

Fonte: A Gazeta

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