Publicado em: 20/12/2024 às 19:20hs
A movimentação do mercado interno de algodão garantiu suporte aos preços domésticos, mesmo diante de uma sequência de desvalorizações na Bolsa de Nova York, que encerrou a sexta sessão consecutiva de perdas. De acordo com a Safras Consultoria, a maior demanda local e a oferta controlada por produtores em período de entressafra contribuíram para a estabilidade relativa do mercado brasileiro.
Na quinta-feira (19), o preço do algodão no CIF de São Paulo foi cotado a R$ 4,18 por libra-peso, uma leve queda de 0,24% em relação aos R$ 4,19 registrados na semana anterior. Na região de Rondonópolis, Mato Grosso, o valor ao produtor manteve-se estável em R$ 3,99 por libra-peso, equivalente a R$ 132,03 por arroba. Na mesma data de 2023, o valor era ligeiramente superior, a R$ 4,01 por libra-peso, ou R$ 132,76 por arroba.
Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a área destinada ao plantio do algodão deve crescer 4,99% na safra 2024/25, totalizando 1,54 milhão de hectares. Contudo, atrasos na semeadura da soja, ocasionados por fatores climáticos, representam um desafio para a janela de plantio do algodão de segunda safra.
Em relação à produtividade, o estado projeta uma média de 284,34 arrobas por hectare, o que deve elevar a produção total em 2,34%, alcançando 6,55 milhões de toneladas. Apesar do incremento esperado, as cotações futuras permanecem estáveis, sem fatores de curto prazo que indiquem valorização significativa. Esse cenário contribuiu para uma comercialização limitada ao longo de 2024, com 45,61% da produção estimada negociada até dezembro, 1,02 ponto percentual abaixo do mesmo período na safra anterior.
A definição da área efetiva de cultivo dependerá diretamente do comportamento dos preços e do ritmo da semeadura. Até o momento, a cautela predomina entre os cotonicultores, que aguardam um cenário mais claro antes de avançar com as decisões para o novo ciclo produtivo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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