O mercado doméstico de algodão registrou uma semana de comercialização pontual, caracterizada pela menor disponibilidade do produto no mercado físico. Os vendedores estão dosando a oferta, o que tem favorecido a valorização do algodão brasileiro no mercado externo. Algumas tradings continuam operando com foco na safra de 2025, conforme informações da Safras Consultoria.

Na quinta-feira (11), a pluma de algodão paga ao produtor em Rondonópolis (MT) foi cotada a R$ 3,93 por libra-peso (equivalente a R$ 130,12 por arroba), representando um aumento de 1,58% em relação à semana anterior, quando o preço era de R$ 3,87 por libra-peso (R$ 128,10 por arroba). Comparando com o mesmo período do mês passado, a pluma teve uma valorização, passando de R$ 3,65 por libra-peso (R$ 120,80 por arroba) para o valor atual.

A demanda da indústria local, entretanto, mostrou uma leve retração, operando com maior cautela. O preço do algodão entregue na indústria em São Paulo registrou uma queda de 0,73%, ficando em R$ 4,10 por libra-peso, comparado a R$ 4,13 por libra-peso na quinta-feira anterior (4). No entanto, comparando com o mesmo período do mês passado, há uma alta acumulada de 5,13%, quando o preço era de R$ 3,90 por libra-peso.

Safra 2023/24 de Algodão em Pluma – Conab

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra brasileira de algodão em pluma na temporada 2023/24 alcançará 3,636 milhões de toneladas, um aumento de 14,6% em comparação com as 3,173 milhões de toneladas da safra 2022/23. Esses números são parte do 10º levantamento da Conab para a safra 2023/24.

A produtividade das lavouras está estimada em 1.870 quilos de algodão em pluma por hectare, uma leve redução em relação aos 1.907 quilos por hectare da temporada anterior. A área plantada com algodão nesta temporada está projetada em 1,944 milhão de hectares, uma elevação de 16,9% em comparação aos 1,663 milhão de hectares da safra passada.

Produção por Estados

O Mato Grosso, principal estado produtor de algodão, deve colher 2,632 milhões de toneladas na safra 2023/24, um avanço de 16,9% em relação às 2,251 milhões de toneladas produzidas na safra 2022/23. A Bahia, segundo maior produtor, deve colher 669 mil toneladas, um aumento de 6,8% sobre as 626,2 mil toneladas do ano anterior. Goiás projeta uma safra de 56 mil toneladas, um crescimento de 7,7% em relação às 52 mil toneladas da safra passada.