Em sua análise de julho, a StoneX manteve a previsão de produção brasileira de algodão para a safra 2023/24 em 3,53 milhões de toneladas. O Mato Grosso, principal estado produtor, apresenta uma produtividade promissora, apesar de alguns desafios enfrentados em determinadas fases do desenvolvimento das plantas, especialmente nas estruturas mais baixas.

"A qualidade do algodão colhido será um fator a ser monitorado, considerando que a pluma do ponteiro pode apresentar qualidade inferior devido a um período de maturação mais curto", destaca a StoneX em relatório divulgado nesta quinta-feira. No entanto, essa situação não é definitiva e deverá ser acompanhada à medida que a colheita avança. Na Bahia, segundo maior produtor, a colheita já está um pouco mais adiantada.

Apesar de manter as estimativas de oferta, a StoneX projeta que o Brasil deve exportar 2,9 milhões de toneladas de algodão nesta safra, um aumento de 100 mil toneladas em relação às previsões de junho. "Embora os embarques não devam manter o ritmo elevado observado nos primeiros meses do ano, ainda permanecem relativamente aquecidos. Com a colheita em andamento e a entrada desse algodão no mercado nos próximos meses, a exportação pode continuar forte", afirma a consultoria.

Contudo, é fundamental observar o cenário internacional nos próximos meses. A demanda global lenta, a expectativa de uma colheita robusta nos Estados Unidos e os preços baixos podem influenciar o ritmo das exportações brasileiras. Esse contexto também pode afetar a área plantada para a próxima safra, que seguirá sendo monitorada pela StoneX nos próximos meses de 2024.