As exportações brasileiras de algodão em pluma iniciaram 2025 em ritmo acelerado, impulsionadas pelo elevado excedente no mercado doméstico e pelos expressivos volumes de contratos a termo já firmados. De acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os agentes do setor têm aproveitado os patamares favoráveis da taxa de câmbio para garantir receitas superiores às obtidas no mercado interno.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pelo Cepea, indicam que, nos primeiros 12 dias úteis de janeiro de 2025, o Brasil exportou 265,6 mil toneladas de algodão, volume 6,1% maior que o registrado no mesmo período de 2024. A média diária de embarques atingiu 22,1 mil toneladas, quase o dobro das 11,4 mil toneladas diárias verificadas em janeiro do ano anterior.

Caso esse ritmo de embarques seja mantido até o fim do mês, as exportações totais podem superar 480 mil toneladas, estabelecendo um recorde histórico para um único mês.

Por outro lado, no mercado interno, as negociações no segmento à vista seguem em ritmo relativamente lento. Segundo o Cepea, as indústrias, que estão retomando suas atividades após o período de festas, operam com estoques de matéria-prima adquiridos previamente, o que reduz o dinamismo das transações no mercado nacional.