Algodão

Ascensão Contínua: Algodão Registra Terceira Valorização Consecutiva, Analisa Consultoria Agro do Itaú BBA

Desafios e Perspectivas para o Mercado de Algodão em 2024


Publicado em: 05/03/2024 às 20:00hs

Ascensão Contínua: Algodão Registra Terceira Valorização Consecutiva, Analisa Consultoria Agro do Itaú BBA

A mais recente análise da Consultoria Agro do Itaú BBA revela que o mercado de algodão continua em ascensão, marcando o terceiro mês consecutivo de valorização. A matéria explora os fatores que impulsionaram esse cenário, as perspectivas para o setor e os desafios enfrentados, especialmente no que diz respeito às exportações e ao equilíbrio entre oferta e demanda.

Ascensão dos Preços e Desafios de Exportação

Durante janeiro, o contrato de primeiro vencimento em Nova Iorque experimentou um aumento de 2,9%, atingindo USDc/lb 82,44. Os preços internos acompanharam essa valorização, elevando-se para R$ 3,81/lb. A oferta restrita, devido à quebra de safra nos EUA e os desafios logísticos no Canal de Suez, contribuíram para essa elevação de curto prazo. Entretanto, para o Brasil, o desafio reside na exportação, considerando a abundância da safra 2022/23 e as boas projeções para 2023/24.

Persistência na Valorização e Desafios Locais

Em fevereiro, os preços do algodão mantiveram a tendência de alta, registrando um aumento médio de 11,4%, alcançando USDc/lb 91,83. Este é o terceiro mês consecutivo de valorização, impulsionado pela melhoria na demanda e pela menor disponibilidade da fibra americana devido à quebra de safra. No entanto, os preços internos no Brasil seguiram essa tendência, mas em um ritmo mais moderado em comparação com Nova Iorque. A média do mês teve um aumento de 3,5%, atingindo R$ 3,95/lb em Rondonópolis. Apesar dos avanços, a cotação local ainda está 23% abaixo do registrado em fevereiro do ano anterior.

Perspectivas Globais e Desafios Locais

O relatório mais recente do USDA apontou pequenos ajustes no balanço global de oferta e demanda de algodão. Enquanto o Brasil projeta um aumento na área plantada, a produtividade tende a ser menor que na safra anterior. Nos EUA, a expectativa é de expansão na área plantada em 2024/25, recuperando espaço perdido nos ciclos anteriores.

A CONAB estima a safra 2023/24 em 3,3 milhões de toneladas, com aumento de área, mas produtividade menor. As projeções do USDA indicam aumento global na oferta, consumo em ascensão e estoques em equilíbrio. No entanto, desafios persistem no Brasil em relação ao excedente interno e ao comportamento do consumo chinês.

O mercado de algodão, apesar das perspectivas de aumento na oferta global, mantém-se atento às variáveis climáticas e às oscilações nos preços do petróleo, que afetam a competitividade com fibras sintéticas. O mercado de futuros já reflete expectativas de safras maiores no Brasil (2023/24) e nos EUA (2024/25), contribuindo para uma mudança no desenho da curva de preços. O segmento fica invertido a partir do vencimento outubro/24, evidenciando a previsão de melhoria na oferta da pluma.

Fonte: Portal do Agronegócio

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