Publicado em: 07/02/2024 às 11:05hs
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) divulgou as agromensais referentes a janeiro de 2024, fornecendo uma visão abrangente das perspectivas para diversos setores. A análise destaca as projeções para a safra 2024/25 em diferentes áreas, abrangendo desde a produção de açúcar até a colheita de trigo. A seguir, uma visão geral dos insights apresentados.
Açúcar: A produção de açúcar na região Centro-Sul do Brasil pode atingir níveis recordes na safra 2024/25, superando os resultados da temporada atual (2023/24). O acumulado da safra atual até meados de janeiro de 2024 já totaliza 42,099 milhões de toneladas de açúcar.
Algodão: Com o excedente brasileiro e a redução da oferta norte-americana, o Brasil está posicionado para se tornar o maior exportador mundial de algodão em pluma. Atrasos na semeadura de soja no Cerrado devem manter o excedente interno amplo em 2024, projetando o país para ultrapassar os Estados Unidos e tornar-se o terceiro maior produtor global em 2023/24.
Arroz: Os preços do arroz, impulsionados pela redução dos estoques, mantiveram-se elevados em 2023. A relação estoque/consumo deve permanecer pressionada em 2024, impedindo grandes quedas nos preços.
Boi: As exportações de carne bovina devem se manter firmes em 2024, com a demanda interna apresentando alguma recuperação. No entanto, incertezas na produção podem resultar em oscilações nos preços ao longo do ano.
Café: Produtores de café no Brasil enfrentarão desafios em 2024, especialmente devido ao clima adverso previsto. A região Sudeste, principal área de produção, deve enfrentar temperaturas elevadas e chuvas irregulares.
Etanol: Estimativas indicam que a região Centro-Sul do Brasil pode moer mais de 600 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na temporada 2024/25. As usinas devem direcionar uma quantidade maior de cana para a produção de açúcar.
Frango: O mercado brasileiro de frango continua a bater recordes em 2024, com a produção da proteína avícola projetada para crescer. O ritmo sólido de exportações é um fator crucial para esse crescimento.
Milho: O clima desfavorável à safra de milho verão 2023/24 pode impactar a semeadura da segunda temporada. Os preços atuais estão abaixo dos verificados há um ano, diminuindo o interesse dos agricultores pela semeadura de milho.
Ovinos: O crescimento da produção brasileira de ovinos tem diminuído, refletindo um mercado consumidor com demanda estável. As estimativas indicam um aumento limitado na produção em 2023 e 2024.
Soja: A área mundial semeada com soja continua a crescer, gerando expectativas de oferta recorde na safra 2023/24. No entanto, a demanda acompanha em ritmo mais lento, resultando em estoques maiores.
Trigo: As estimativas de produção de trigo para a safra 2023/24 são inferiores às da temporada anterior, tanto global quanto no Brasil. O país deve ser o 16º maior produtor global e o 10º maior exportador de trigo.
Essas projeções oferecem uma visão abrangente do cenário agropecuário para o ano corrente, destacando as oportunidades e desafios que os diferentes setores enfrentarão ao longo de 2024.
Fonte: Portal do Agronegócio
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