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Custos de produção do leite registram nova queda em março, anuncia Embrapa Gado de Leite

O mês de março revelou uma queda de -1,9% no custo de produção do leite, de acordo com o índice ICPLeite/Embrapa, marcando uma continuidade à tendência registrada em fevereiro


Publicado em: 19/04/2024 às 13:10hs

Custos de produção do leite registram nova queda em março, anuncia Embrapa Gado de Leite

Este declínio ocorre em um período em que tanto os preços internacionais quanto os valores pagos aos produtores no mercado doméstico estão em ascensão, sinalizando um segundo mês de melhoria nas margens desta atividade econômica. No acumulado do primeiro trimestre deste ano, os custos de produção experimentaram uma deflação de -3,4%. Em uma comparação entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2023, observou-se uma retração de -5,5% nos custos.

Queda no Custo da Alimentação do Rebanho Contribui para a Redução de Custos

A redução dos custos da alimentação foi um fator preponderante na deflação registrada em março, dada sua relevância na composição dos custos desta atividade. No mês anterior, o grupo Concentrado apresentou uma retração de -4,1%, com uma queda generalizada nos preços de ração, farelos de soja, milho e trigo. Além disso, adubos e defensivos também registraram uma diminuição de preço, contribuindo para a redução dos custos de produção do grupo Volumosos, que foi de -0,8%. O grupo Minerais também apresentou uma queda, embora mais restrita, de -0,1%. Outro grupo que registrou uma queda nos custos de produção foi o de Qualidade do Leite, com -2,4%.

Poucos Grupos Apresentaram Elevação de Custos

Em março, apenas dois grupos que compõem o ICPLeite/Embrapa apresentaram aumento nos custos. Sanidade e Reprodução registrou uma elevação de 0,6%, enquanto o grupo Energia e Combustível teve um aumento de 0,1%. O grupo Mão de Obra não apresentou variação nos custos durante o mês de março.

Variação em Doze Meses e Tendências Futuras

Na comparação dos custos ao longo de doze meses, observa-se uma variação de -5,5%, com os três grupos de alimentação registrando variações negativas de dois dígitos. O grupo Minerais apresentou uma queda expressiva de -15,3%, seguido por Concentrado, com -13,2%, e Volumosos, com -10,7%. Por outro lado, quatro grupos apresentaram crescimento significativo de custos. O de maior intensidade foi o de Energia e Combustível, com 17,8%, enquanto o de maior impacto, devido ao seu peso relativo, foi o de Mão de Obra, com 6,1%. Os grupos Sanidade e Reprodução e Qualidade do Leite acumularam aumentos de 4,9% e 0,4%, respectivamente, ao longo do período de doze meses.

Em 2023, houve dois períodos distintos de variação nos custos. Entre março e junho, foram registradas quedas contínuas, seguidas de uma elevação constante até janeiro do ano corrente. A partir daí, os custos experimentaram dois meses consecutivos de queda, retornando aos níveis observados em outubro de 2023.

Fonte: Portal do Agronegócio

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