A estimativa é de que a safra fique entre 208 milhões e 212 milhões de toneladas. Um pouco abaixo da primeira previsão, anunciada no mês passado, que chegava a 213,5 toneladas. A diferença é explicada pelas condições climáticas.

João Intini, diretor de política agrícola da Conab, explica que essa variação da estimativa é um ajusto normal. “Nós abrirmos a safra com essa banda de limite mínimo e máximo justamente pra dar tempo de fazer uma acomodação dessas influências que dizem respeito as condições climáticas e de mercado.”

Ele diz que no sul do país o excesso de chuvas preocupa e pode afetar a finalização da safra do trigo e da instalação do arroz. Mesmo assim, a expectativa da Conab é que haja mais um recorde na produção de grãos. O crescimento deve ser de 2% em relação a safra 2014/2015. A soja continua em destaque, com uma produção estimada de quase 103 milhões de toneladas, sete por cento a mais que em relação ao período anterior.

Carne para a Arábia Saudita

Outra informação divulgada durante esta semana foi que a Árabia Saudita vai voltar a comprar carne bovina “in natura” do Brasil. A compra foi interrompida três anos atrás depois do registro de um caso atípico do mal da vaca louca, no Paraná.

A reabertura desse mercado deve aumentar o faturamento do setor em US$ 170 milhões, segundo o Ministério da Agricultura. Com o acordo, está previsto que o país volte a negociar com os 21 países que compõe a Liga dos Estados Árabes.