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Soja: Mercado tem 6ª feira de baixas na Bolsa de Chicago com pressão do dólar e do farelo

Por volta de 8h20 (horário de Brasília), a posição maio/18 já era cotada a US$ 10,30 por bushel


Publicado em: 20/04/2018 às 11:10hs

Soja: Mercado tem 6ª feira de baixas na Bolsa de Chicago com pressão do dólar e do farelo

Nesta sexta-feira (20), seguem recuando os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago. Dando continuidade às baixas do pregão anterior, as cotações perdiam mais de 6 pontos entre os principais vencimentos. Assim, por volta de 8h20 (horário de Brasília), a posição maio/18 já era cotada a US$ 10,30 por bushel.

O recuo dos preços se estende também para os futuros do farelo de soja na Bolsa de Chicago, movimento que também pesa sobre os valores do grão. "As cotações - que estão abaixo da média móvel de 50 dias - chegaram a um nível crítico para encerrarmos a semana", diz o analista de mercado Mike Mawdsley da First Choice Commodities ao Agrimoney.

Ainda de acordo com o executivo, os preços não ficavam abaixo dessa média desde janeiro de 2016, mesmo com a menor oferta que deverá vir da Argentina após a quebra da safra 2017/18.

Como também explicam analistas internacionais, uma alta observada no dólar frente à uma cesta de outras moedas internacionais contribui com as baixas da oleaginosa e das commodities de uma forma geral.

Em Chicago, os futuros do trigo perdem mais de 1% na manhã desta quinta-feira. Na Bolsa de Nova York, as soft commodities também trabalham em campo negativo.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja: Chicago fecha próximo das mínimas em duas semanas e preços recuam no Brasil

Os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago voltaram a recuar nesta quinta-feira (19) e fecharam próximos das mínimas em duas semanas. Assim, o dia foi mais um de pressão sobre a formação dos preços no Brasil.

Com isso e um dólar um pouco mais baixo do que o registrado nas últimas sessões, as perdas entre os referenciais no mercado internacional ficaram, nas principais praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, entre 0,27% - como em Assis, no estado de São Paulo - e 2,78%, em São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul.

Em alguns pontos do país, porém, as cotações ainda encontraram espaço para subir. Em Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis os ganhos foram de, respectivamente, 1,47% e 1,49%, para R$ 69,00 e R$ 68,00 por saca. Em Castro, no Paraná, o indicativo também subiu - 1,22% - para terminar o dia com R$ 83,00/saca.

Nos portos, Paranaguá também conseguiu registrar uma valorização no disponível, de 0,59%, e o preço no fim dos negócios ficou nos R$ 85,50. Já em Rio Grande, baixa de 0,36% no disponível e de 0,59% na referência maio/18 para ficar em R$ 84,00 e R$ 84,50.

As baixas dos preços no mercado nacional tiraram a força do ritmo dos negócios em quase todos os principais estados produtores, segundo relataram sojicultores ao Notícias Agrícolas, com os produtores esperando uma melhora dos atuais patamares.

Os indicativos, nos últimos dias, registraram níveis ainda mais altos em função de uma recente disparada dos prêmios sobre a soja brasileira, especialmente depois da taxação

"O mercado deu uma parada, que é normal para o fluxo. Agora, o mercado está olhando essa questão da guerra comercial (entre China e EUA) e isso também gera um grau de incerteza dentro das empresas, as quais atuam dentro dos dois países. E elas vão ter que entender também como isso vai ser resolvido na questão logística", diz o analsita de mercado da Agrosecurity Consultoria, Fernando Pimentel.

Esse é um momento, ainda segundo o especialista, em que muitos compromissos financeiros do produtor começam a vencer e o fechamento de novos negócios, portanto, vai depender também, além do momento ideal, das necessidades e realidade de cada produtor.

"Quem está capitalizado, agora vai sentar em cima da soja e esperar pra voltar a vender", afirma Pimentel.

Dólar

A moeda americana, nesta quinta-feira, passou por um movimento de correção, de acordo com informações apuradas pela Reuters, para fechar o dia com R$ 3,3915 e alta de 0,34%.

"Vemos um movimento de correção técnica após a queda da véspera", trouxe a Correparti Corretora em relatório.

Fonte: Notícias Agrícolas

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