Soja

Soja atua com estabilidade nesta 3ª feira em Chicago à espera de novidades

Os futuros da oleaginosa, por vlta de 7h55 (horário de Brasília), perdiam 0,75 ponto nos principais contratos, com o novembro/18 sendo cotado a US$ 8,92 por bushel


Publicado em: 21/08/2018 às 11:10hs

Soja atua com estabilidade nesta 3ª feira em Chicago à espera de novidades

Os preços da soja trabalham com estabilidade nesta manhã de terça-feira (21) na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa, por vlta de 7h55 (horário de Brasília), perdiam 0,75 ponto nos principais contratos, com o novembro/18 sendo cotado a US$ 8,92 por bushel.

O mercado espera por mais informações para que possa continuar se direcionando, já tendo se posicionado frente às novas notícias de que China e EUA voltam a se reunir no final do mês para discutir as tarifações, o clima nos EUA e o andamento da safra 2018/19 norte-americana.

Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras com uma nova baixa no índice de lavouras em boas ou excelentes condições. Em uma terceira redução consecutiva, o número caiu de 67% para 66%.

São ainda 24% dos campos em condições regulares e 11% em situação ruim ou muito ruim.

"Nem com nova deterioração nas condições das lavouras, o pregão de soja na conseguiu. Pesa a expectativa da confirmaçao de safra de soja recorde no crop tour da ProFarmer esta semana e a entrada desta supersafra no mercado a partir das próximas semaans. Melhor aposta de reação continua sendo em cima de quaisquer rumores sobre um possível acordo comercial EUA/China", diz o diretor da Cerealpar, Steve Cachia.

Nos primeiros dois dias do CropTour ProFarmer, os resultados mostraram produtividades acima da média nos estados de Dakota do Sul e partes de Ohio.

Para os próximos dias se espera a chegada de uma nova massa de ar quente que poderia limitar as chuvas em regiões pontuais do Corn Belt, como mostram informações apuradas pela AgResource Mercosul (ARC).

"Para os próximos 5 dias, uma massa de ar quente de alta pressão, que se expande sobre o leste das Planícies norte-americanas, começa a se dirigir para o oeste do Cinturão. Caso confirmado, as regiões cobertas por essa massa de ar deverão presenciar precipitações abaixo da média", diz o boletim diário da consultoria.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Soja: Dólar bate em R$ 3,96 e estimula novos negócios no BR, principalmente da safra nova

Os preços da soja no mercado brasileiro foram amplamente beneficiados pela alta do dólar nesta segunda-feira (20), na medida em que a moeda norte-americana alcançou neste primeiro pregão da semana seu mais elevado patamar em dois anos e meio e chegou a bater nos R$ 3,96.

O dólar terminou o dia com alta de 1,10% e valendo R$ 3,9577, puxando os preços nos portos, principalmente nas referências da safra nova. Em Paranaguá, a referência fevereiro/19 fechou o com R$ 86,00 por saca, batendo, nos melhores momentos, em algo entre R$ 87,00 e R$ 88,00. Já a soja disponível ficou estável nos R$ 92,00.

Em Rio Grande, alta de 1,09% no spot, para R$ 92,50, e o indicativo setembro/18 batendo nos R$ 93,00, com ganho de 0,54%.

E como explicou o analista de mercado da Agrinvest Commodities, Marcos Araújo, bons volumes de negócios puderam ser observados nesta segunda-feira, com os produtores aproveitando essa disparada do câmbio e mais as altas fortes que foram registradas mais cedo em Chicago, que chegaram a superar 1% - ou 10 pontos - nos principais vencimentos.

"E eu fico confortável para indicar vendas de cerca de 20% da safra nova nesses patamares de preços", diz Araújo.

O forte avanço do dólar veio na sequência da pesquisa CNT/MDA mostrando o ex-presidente Lula, mesmo ainda preso e inelegível, na primeira colocação, com 37% das intenções de voto. "Qualquer candidato que mostre crescimento melhor que Alckmin vai fazer preço", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva à agência de notícias Reuters.

No interior do país, os ganhos foram bem pontuais, e maior parte das preças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas mantiveram sua estabilidade no fechamento dos negócios desta segunda-feira.

Mercado Internacional

No início do dia, o mercado da soja na Bolsa de Chicago subia forte ainda diante das notícias de um possível acordo entre China e Estados Unidos mais próximo, com a chegada de uma nova delegação chinesa a Washington no final do mês.

A intenção é que se coloque um fim disputa tarifária, permitindo que a volta da China às compras de soja no mercado norte-americano - que já é uma necessidade iminente - aconteça de forma mais tranquila.

"Eles têm de resolver essa batalha porque a China precisa da soja americana no quarto trimestre, embora o mercado chinês esteja, neste momento, sob pressão por conta de uma pontual e temporária situação de excesso de estoques e de notícias de gripe suína", explicou um trader de soja de uma companhia estrangeira à Reuters Internacional.

A força natural da demanda global por soja - que cresce de 10 a 15 milhões de toneladas por ano - deverá ser o fiel da balança nesse momento em que crescem as preocupações em torno da chegada da nova safra dos EUA. Embora superestimados pelos analistas de mercado, os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)projetam a colheita 2018/19 do país em mais de 124 milhões de toneladas e assustou o mercado, mesmo que de forma bem pontual e temporária.

"O mercado é altista. Não, não veremos uma nova explosão de preços, mas há um viés de alta, com os preços voltando, pelo menos, para o intervalo de US$ 9,00 a US$ 9,50 por bushel", acedita o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze. "A demanda global é muito forte e logo a China terá que voltar a comprar nos EUA", completa.

Além disso, hoje o mercado da soja ainda recebeu também a notícia de bons embarques semanais de soja, com números dentro do esperado, de acordo com números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Na semana encerrada em 16 de agosto, os EUA embarcaram 639,001 mil toneladas de soja, volume maior do na semana anterior, mas dentro das projeções que variavam de 600 mil a 790 mil toneladas. No acumulado da temporada, 54.591,229 milhões de toneladas já foram embarcadas pelos americanos, contra pouco mai sde 56 milhões do ano passado, nesse mesmo período.

Fonte: Notícias Agrícolas

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