Publicado em: 07/05/2018 às 14:40hs
Nesta semana, é a vez dos técnicos do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG Café) nas Matas de Minas participarem do treinamento, realizado em Manhuaçu. Uma nova turma começa a ser capacitada nesta quinta-feira (3) e outras duas estão previstas para este mês.
A primeira turma com os profissionais do ATeG Café terminou nesta quarta-feira (2) e contou com a participação do supervisor dos técnicos, Daniel do Prado. “Os técnicos perceberam esta área como uma oportunidade de qualificar a assistência técnica aos produtores atendidos pelo programa ATeG”, explicou.
O drone pode contribuir para a melhoria da assistência técnica e gerencial, de acordo com a técnica Jéssica Carmo. “Será uma ferramenta que, se incluída na metodologia do programa ATeG, terá grande impacto na qualidade da assistência, pois permitirá o levantamento de informações topográficas com agilidade e eficiência e auxiliará no controle de pragas e doenças, podendo-se tomar decisões antecipadas e localizadas, possibilitando até a diminuição do uso de defensivos de forma generalizada”, enfatizou.
Para o técnico Sebastião Brinate, que assiste cafeicultores de Alto Caparaó e Alto Jequitibá, após o curso, eles poderão utilizar o conhecimento no trabalho desempenhado na região. “A tecnologia para cafeicultura de montanha é uma questão muito discutida e complicada. Estamos vendo no drone uma excelente ferramenta para nos auxiliar a assistir melhor as propriedades, ‘enxergando’ possíveis problemas e auxiliando muito na tomada de decisão”, destacou.
Outras duas turmas irão qualificar cafeicultores que já têm um conhecimento técnico mais avançado e podem utilizar o drone como uma opção no auxílio da gestão de suas propriedades. O curso está sendo oferecido em parceria com o Sindicato de Produtores Rurais de Manhuaçu.
Vantagens do Drone
O curso de Drone começou a ser ofertado pelo Senar Minas em 2017 e trabalha o conteúdo básico para a utilização do equipamento: segurança, legislação, sensores, operação manual e automatizada, além da captura de fotografias e vídeos.
“É o presente no meio rural e será corriqueiro no futuro. Todo mundo pode controlar o drone. Um cadeirante, por exemplo, pode acompanhar toda a sua propriedade da varanda de casa”, destacou o instrutor Cleverson Vieira Pires.
O equipamento, remotamente pilotado, oferece uma série de possibilidades e vantagens. “Além da agilidade para percorrer a área da propriedade e da questão de auxiliar na segurança, permite conhecer plantas danificadas, falhas, localização do gado, mapeamento. Representa economia e ganhos ambientais”.
O modelo usado no curso do Senar é o de asa rotativa e que pode chegar a 120 metros, mas há uma grande variedade de modelos. Os equipamentos têm GPS, bússola, sensores de estabilidade, câmera, entre outros acessórios. Mas o produtor também precisa estar atento à legislação e estar de acordo com as exigências da Anatel, Anac, Decea e Ministério da Defesa.
ATeG Café
O programa é inédito no estado e busca ajudar os cafeicultores a vencer desafios a partir da transferência de tecnologia associada à consultoria gerencial. Seiscentos produtores são beneficiados nas Matas de Minas e no Sul do estado em 42 municípios.
A metodologia do programa está fundamentada em cinco etapas: diagnóstico produtivo individualizado, planejamento estratégico, adequação tecnológica, capacitação profissional complementar e avaliação sistemática de resultados. A previsão de duração é de quatro anos.
Cada técnico monitora e orienta um grupo de 30 produtores. Nas visitas técnicas, que ocorrem mensalmente, o profissional orienta o produtor a aplicar métodos que vão melhor a produção, a qualidade e a comercialização do café. A função da assistência técnica é fazer um trabalho de acompanhamento, apontando erros e implantando métodos inovadores de produção.
Fonte: Assessora de Comunicação SENAR MG
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