Adubos e Fertilizantes

Produtores de café e milho no Brasil diminuíram compras de fertilizantes para safra atual em meio à fraqueza nos preços

As entregas aos sojicultores e canavicultores, no entanto, tiveram aumento, de acordo com dados da Fertilizantes Heringer


Publicado em: 15/03/2018 às 11:10hs

Produtores de café e milho no Brasil diminuíram compras de fertilizantes para safra atual em meio à fraqueza nos preços

Os produtores brasileiros de café e milho diminuíram consideravelmente as compras de fertilizantes para a safra atual em meio ao declínio nos preços dos produtos, segundo informa o site internacional Agrimoney. As entregas aos sojicultores e canavicultores, no entanto, tiveram aumento, de acordo com dados da Fertilizantes Heringer.

Segundo divulgação da empresa, as entregas de fertilizantes aos produtores de milho no país caíram 14,8% no período de outubro a dezembro e 18,5% no ano todo de 2017. Já no café, a queda foi menor, com baixa de 17% nos três últimos meses do ano passado, o que reduziu um crescimento de 3,6% em todo o ano de 2017.

No caminho inverso, as entregas aos produtores de cana-de-açúcar no Brasil subiram 17,6% em 2017 em uma comparação com o ano anterior e tiveram aumento no período final do ano de 26%. Enquanto que as de soja registraram alta de 57% entre outubro a dezembro, mas fecharam o ano com queda de 11,3%.

Essa baixa na compra de fertilizantes no Brasil, apontada pela Fertilizantes Heringer, contrasta com a divulgação da Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos), segundo o Agrimoney, que informou no início do ano que as entregas desses insumos no país em 2017 ficaram praticamente estáveis, com alta de 1%, para 34,4 milhões de toneladas.

A menor demanda de fertilizantes no fim do ano passado, principalmente para o milho e café, é vista pela Fertilizantes Heringer como um reflexo da queda nos preços das culturas. A expectativa do mercado internacional é de uma ampla safra de café no Brasil neste ano de 2018, enquanto que no milho a queda na compra dos produtos coincide com ideais de relutância no plantio da safrinha com uma queda de preço.

No ano passado, por exemplo, o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) apontou que os preços do cereal encerraram o ano com queda de 12%. No entanto, a partir do mês de fevereiro, um aumento nos preços reestimulou produtores no plantio da 2ª safra, embora as áreas semeadas tardiamente sejam mais vulneráveis às adversidades climáticas, como o corte de chuva no Centro-Oeste.

A Fertilizantes Heringer teve perdas de R$ 23,18 milhões no período de outubro a dezembro, em comparação com o lucro de R$ 52,44 milhões no mesmo período do no ano anterior. Em todo o ano de 2017, a empresa teve um prejuízo líquido de R$ 125,6 milhões ante um lucro líquido apurado no ano anterior (R$ 43.19 milhões). O cenário projetado pela empresa para 2018, no entanto, é mais positivo, totalizando entregas em 35 milhões de toneladas, um novo recorde.

Fonte: Agrimoney

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