Publicado em: 29/01/2014 às 16:00hs
A nova tecnologia apresenta um diferencial em relação às demais variedades de soja: a resistência à lagarta helicoverpa armigera, a maior inimiga dos sojicultores do pais. A nova tecnologia pode representar uma esperança para os agricultores da região Oeste do estado, que obtiveram um prejuízo estimado em mais de 2 bilhões com a lagarta ano passado.
Antes de lançar a tecnologia em julho de 2013, a multinacional desenvolveu pesquisas em cerca de 1.500 campos experimentais em duas safras distribuídos em 419 municípios e 14 Estados brasileiros. A semente, que foi elaborada principalmente para o plantio nos países da América do Sul, tem uma produtividade de seis sacas a mais por hectare comparado às demais variedades de soja além de ser resistente às principais lagartas que atacam o grão.
Na fazenda do produtor Marino Franz, com propriedade em Ipiranga do Norte (MT), dos 14,5 mil hectares plantados com soja, cerca de 2,6 são cultivados com a nova tecnologia. A semente custa 70% a mais que as existentes no mercado. No entanto, devido à redução da aplicação de defensivos e do uso de mão de obra no manejo, o produtor conta que a tecnologia ficou 8% mais barata que a convencional.
“Foi possível do plantio à colheita não ter custo algum com inseticida para combater a praga. Por conta disso, obtivemos um resultado muito positivo. Estamos muito contentes e surpresos com a Intacta RR2. Vamos continuar utilizando, quem vai delimitar o tamanho da propriedade é o mercado. Não existindo restrições por parte do mercado, o uso pode ser um caminho sem volta”, afirma o produtor.
Conforme a gerente de Biotecnologia de Soja da Monsanto, Suzeti Ferreira, nove empresas já foram licenciadas para comercializar a semente no Brasil inteiro, inclusive na Bahia com destaque para a região Oeste do Estado, uma das mais afetadas pela praga ano passado.
Ainda de acordo com a gerente, a Intacta foi produzida para controlar as quatro principais lagartas que atacam a cultura da soja no Brasil. São elas: a lagarta da soja, a falsa medideira, broca das axilas e lagarta das maçãs, além de apresentar supressão (controle parcial) sobre as da família Helicoverpa armigera.
“Na safra anterior, com a pressão forte da helicoverpa, tivemos que retornar aos laboratórios para estudar. Com base nesses conhecimentos desenvolvidos na vegetação e nos laboratórios da Monsanto, conseguimos comprovar a supressão da helicoverpa.
Os desempenhos alcançados na fase de experimentação agradaram e a empresa aposta em ganhos de renda de até R$ 409 com a Intacta sobre cada hectare, a partir da diminuição na aplicação de inseticidas (4 vezes menos) e produtividade esperada (6,4 sacas a mais).
“Os resultados estão sendo os esperados”, destaca Suzeti Ferreira.
Fonte: Tribuna da Bahia
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