Internacional

Ministro do México diz que o Nafta deve permanecer como acordo entre 3 países

O ministro de Economia do México, Ildefonso Guajardo, rejeitou nesta terça-feira a ideia de um tratado comercial bilateral com os Estados Unidos


Publicado em: 08/03/2018 às 19:00hs

Ministro do México diz que o Nafta deve permanecer como acordo entre 3 países

O ministro de Economia do México, Ildefonso Guajardo, rejeitou nesta terça-feira a ideia de um tratado comercial bilateral com os Estados Unidos, dizendo que o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), em renegociação no momento, precisa permanecer como um acordo entre três países.

Na segunda-feira, o representante Comercial dos EUA Robert Lighthizer disse que o momento para preparar o novo acordo estava acabando e novamente levantou a possibilidade de buscar um acordo bilateral com seus parceiros, enquanto destacou que Washington preferiria um acordo de três países.

O Nafta "tem que ser um acordo trilateral, dadas as condições de integração na América do Norte", disse Guajardo em uma entrevista à rede Televisa neste terça-feira. "Precisa ser desse jeito."

As mais recentes rodada de conversas foram ofuscadas, no entanto, pelos planos do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas sobre importações de commodities metálicas.

Na segunda-feira, Trump tuitou que "tarifas sobre aço e alumínio apenas serão descartadas se um acordo novo e justo do Nafta for assinado".

Guajardo disse nesta terça-feira que se o governo dos EUA avançar com tarifas que incluem o México, o país seria forçado a responder politicamente na mesma moeda.

"Há uma lista (de produtos dos EUA) que nós estamos analisando internamente, mas não vamos divulgar, nós vamos esperar", disse Guajardo.

Ele também disse que em uma reunião em Washington na semana passada, na qual encontrou com o secretário do Comércio Wilbur Ross, a autoridades dos EUA afirmou que o México não deveria ser incluído nas tarifas propostas.

"Nós somos aliados na segurança nacional... nossas indústrias são altamente integradas, nós compramos mais aço (dos EUA) do que nós vendemos e, portanto, não há motivo para dar um tiro no pé", disse.

Fonte: Reuters

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