Milho e Sorgo

Milho: Perspectiva de clima favorável nos EUA pesa e mercado inicia 6ª em queda na Bolsa de Chicago

Por volta das 7h51 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas entre 1,75 e 2,25 pontos, com o julho/18 cotado a US$ 3,74 por bushel


Publicado em: 08/06/2018 às 10:30hs

Milho: Perspectiva de clima favorável nos EUA pesa e mercado inicia 6ª em queda na Bolsa de Chicago

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta sexta-feira (8) em campo negativo. Por volta das 7h51 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas entre 1,75 e 2,25 pontos, com o julho/18 cotado a US$ 3,74 por bushel. O setembro/18 trabalhava a US$ 3,83 por bushel e o dezembro/18 operava a US$ 3,95 por bushel.

O mercado dá continuidade ao movimento negativo registrado nesta quinta-feira e caminha para consolidar a terceira queda seguida na CBOT. As agências internacionais ainda destacam que as cotações do milho e da soja são pressionadas pelas perspectivas de clima mais favorável no Meio-Oeste americano.

"Chuvas benéficas são previstas no Meio-Oeste dos EUA até o início da próxima semana, o que reforça as boas perspectivas de produção", informou a Reuters internacional. Até o início da semana, 78% das lavouras de milho apresentavam boas ou excelentes condições, conforme boletim de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

O departamento atualiza as informações na próxima segunda-feira (11).

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Milho: Com valorização do dólar, preços sobem até 2,46% no pregão desta 5ª feira na BM&F Bovespa

Nesta quinta-feira (7), os futuros do milho encerraram o pregão com forte alta na BM&F Bovespa. As principais posições do cereal subiram entre 1,56% e 2,46%. O vencimento julho/18 era cotado a R$ 42,50 a saca e o setembro/18 trabalhava a R$ 40,50. O novembro/18 finalizou o dia a R$ 42,50.

Apesar das quedas registradas em Chicago, as cotações foram impulsionadas pela valorização cambial. A moeda norte-americana avançou 2,28% nesta quinta-feira, com a o câmbio a R$ 3,9258 na venda. O maior patamar desde 1º de março, quando o dólar chegou a R$ 3,9411. Na máxima do dia, a moeda atingiu R$ 3,9684 na venda.

"O dólar deu novo salto nesta quinta-feira e foi ao patamar de 3,92 reais, mesmo após o Banco Central reforçar novamente sua intervenção no mercado, com o nervosismo dos investidores com as cenas política e fiscal locais", destacou a Reuters.

Enquanto isso, no mercado interno a quinta-feira foi de ligeiras movimentações aos preços do milho. Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Campinas (SP), a saca caiu 4,39% e terminou o dia a R$ 43,60 a saca. Já em Assis (SP), a alta ficou em 0,83%, com a saca a R$ 36,50.

Os analistas reforçam que o mercado interno permanece com poucas negociações em meio às incertezas geradas pelo tabelamento do frete. Na região de Unaí (MG), por exemplo, o produtor rural, Régis Wilson, destaca que os negócios estão parados e nem os contratos fechados anteriormente foram executados, uma vez que, não se sabe quem irá arcar com mais essa despesa, se os compradores ou os vendedores.

O início da colheita da segunda safra de milho também está no radar dos participantes do mercado. Diante da certeza de uma produção menos, nos principais estados produtores, Mato Grosso e Paraná, o índice colhido se aproxima de 1% da área cultivada nesta temporada.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho consolidaram o segundo dia consecutivo de perdas. As principais posições da commodity finalizaram o pregão desta quinta-feira (7) com quedas entre 2,00 e 3,00 pontos. O vencimento julho/18 era cotado a US$ 3,76 por bushel, enquanto o setembro/18 operava a US$ 3,85 por bushel e o dezembro/18 era negociado a US$ 3,96 por bushel.

De acordo com informações da Reuters internacional, as cotações acompanharam as quedas mais fortes registradas nos contratos da soja. "Soja e milho caíram com previsões de chuvas benéficas no Meio-Oeste dos EUA até o início da próxima, o que reforçou as perspectivas de boas produções", completa a agência.

No início da semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que cerca de 78% das lavouras do cereal apresentavam boas ou excelentes condições. E, em torno de 97% da área já foi cultivada.

As previsões climáticas voltaram a indicar chuvas em muitas regiões do Meio-Oeste americano ao longo do mês de junho. Para julho, as previsões indicam tempo mais seco e chuvas abaixo da normalidade em Missouri, em Iowa, Nebraska, Minnesota e nas Dakotas. "Esse é o período crítico para o milho durante a polinização", disse ale Mohler, meteorologista agrícola do Accuweather.

Ainda nesta quinta-feira, o USDA reportou seu boletim semanal de vendas. Na semana encerrada no dia 31 de maio, as vendas de milho ficaram em 838,6 mil toneladas da safra velha. O número ficou dentro do esperado pelos participantes do mercado, entre 600 mil toneladas e 900 mil toneladas. O México foi o principal comprador, com 247,5 mil toneladas.

Da safra 2018/19, as vendas totalizaram 418,3 mil toneladas no mesmo período. Destinos desconhecidos foram os principais compradores do cereal americano, com a aquisição de 203,2 mil toneladas.

Fonte: Notícias Agrícolas

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