Milho e Sorgo

Milho: Mercado inicia semana com ligeiras altas, próximo da estabilidade em Chicago

Às 9h23 (horário de Brasília), os principais vencimentos da commodity testavam ganhos entre 0,75 e 1,25 pontos


Publicado em: 20/08/2018 às 11:10hs

Milho: Mercado inicia semana com ligeiras altas, próximo da estabilidade em Chicago

As cotações futuras do milho iniciaram a semana com leves movimentações na Bolsa de Chicago (CBOT). Às 9h23 (horário de Brasília), os principais vencimentos da commodity testavam ganhos entre 0,75 e 1,25 pontos. O setembro/18 operava a US$ 3,65 por bushel e o dezembro/18 trabalhava a US$ 3,79 por bushel.

O mercado trabalha próximo da estabilidade diante da forte alta na soja, ocasionada pela perspectiva de melhora na demanda e das quedas do trigo, que exibe um movimento de correção técnica. No caso da soja, a estimativa é que a China retome as compras do grão norte-americano.

No quadro fundamental do milho, as atenções permanecem voltadas ao clima no Meio-Oeste. Além disso, as condições das lavouras de milho também seguem no radar dos investidores. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza as condições das lavouras.

Nesta segunda-feira, o USDA também divulga seu relatório de embarques semanais. O número é um importante indicador de demanda e pode influenciar o andamento das negociações.

Veja como o mercado na última semana:

Milho: Clima no Meio-Oeste e safra dos EUA seguem no radar e mercado sobe quase 2% na semana em Chicago

Os preços do milho voltaram a acumular ganhos na semana na Bolsa de Chicago (CBOT). Conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as principais posições da commodity subiram quase 2% na semana, com valorizações entre 1,79% e 1,96%.

Já nesta sexta-feira (17), os vencimentos do cereal finalizaram o pregão com ligeiras quedas, entre 0,75 e 1,00 pontos. O vencimento setembro/18 era cotado a US$ 3,64 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,78 por bushel. O março/19 era negociado a US$ 3,90 por bushel.

"Soja e milho reduziram as perdas no final do pregão depois que o Wall Street Journal informou que os EUA e a China estão trabalhando em um plano para resolver sua disputa comercial até novembro", destacou a Reuters internacional.

Inclusive, ao longo da semana as cotações do cereal acompanharam as movimentações dos futuros da soja e, especialmente, do trigo. No caso do trigo, as preocupações são decorrentes das perdas já consolidadas nas safras nas principais regiões de produção no mundo devido ao clima irregular.

Ainda hoje, as agências internacionais destacaram que o trigo subiu após notícias de que a Rússia pode considerar a restrição das exportações para controlar os preços recordes.

No quadro fundamental, as atenções dos investidores permanecem voltadas ao comportamento do clima no Meio-Oeste americano e na safra dos EUA. 70% das lavouras permanecem em boas ou excelentes condições no país e as previsões ainda indicam clima favorável no cinturão de produção nos próximos dias.

Já no período de 23 a 27 de agosto, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - indica chuvas variadas no Meio-Oeste. As temperaturas deverão ficar acima da normalidade em grande parte do cinturão de produção.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza as informações no início da próxima semana. Em seu último reporte de oferta e demanda, o órgão estimou a safra americana em 370 milhões de toneladas.

Mercado interno

A sexta-feira foi de ligeiras altas aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Ainda segundo levantamento do Notícias Agrícolas, em Tangará da Serra (MT), a saca do cereal subiu 6,67% e fechou o dia a R$ 24,00.

Ainda no estado, na praça de Rondonópolis, o ganho foi de 3,28%, com a saca do grão a R$ 31,50. Em Alto Garças, Itiquira e Primavera do Leste, no estado mato-grossense, a valorização foi de 2,48%, com a saca de milho a R$ 28,90.

Em Rio do Sul (SC), a alta ficou em 2,78% e a saca a R$ 37,00. No Oeste da Bahia, a saca subiu ,59% e finalizou a sexta-feira a R$ 32,00. No Porto de Paranaguá, o dia foi de estabilidade, com a saca futura a R$ 41,50. Em Campo Novo do Parecis (MT), o recuo ficou em 2,22%, com a saca a R$ 22,00.

A combinação de uma safra menor, a retração nas vendas e a recente alta do dólar, que impulsionou os preços nos preços dão sustentação ao mercado, conforme destacam os analistas. "Já os compradores com necessidades de repor estoques no curto prazo precisam elevar os valores de suas ofertas para conseguir realizar novos negócios", informou o Cepea em nota ao longo dessa semana.

Em Goiás, por exemplo, os negócios permanecem lentos. Já os preços giram em torno de R$ 30,00 a R$ 33,00 a saca, bem acima dos R$ 19,00 a saca registrados no mesmo período do ano anterior.

Em relação à colheita, a AgRural reportou que cerca de 83% da área plantada no centro-sul do país já foi colhida. O número está levemente acima da média dos últimos cinco anos, de 82%, porém, segue mais lento em comparação com o ano anterior quando a colheita estava completa em 89% da área.

Dólar

A moeda norte-americana fechou a sexta-feira a R$ 3,9147 na venda, com ganho de 0,24%. Segundo a Reuters, as notícias de possíveis acordos entre os EUA e China amenizaram as preocupações com a Turquia e com o cenário político no Brasil.

Fonte: Notícias Agrícolas

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