Milho e Sorgo

Milho: Com China e clima nos EUA no radar, mercado exibe leves quedas na manhã desta 3ª feira na CBOT

As principais posições da commodity exibiam perdas entre 1,25 e 1,50 pontos, por volta das 7h59 (horário de Brasília)


Publicado em: 21/08/2018 às 10:30hs

Milho: Com China e clima nos EUA no radar, mercado exibe leves quedas na manhã desta 3ª feira na CBOT

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho iniciaram a sessão desta terça-feira (21) com ligeiras perdas. As principais posições da commodity exibiam perdas entre 1,25 e 1,50 pontos, por volta das 7h59 (horário de Brasília). O vencimento setembro/18 operava a US$ 3,60 por bushel, enquanto o dezembro/18 trabalhava a US$ 3,75 por bushel.

O mercado dá continuidade ao movimento negativo iniciado no dia anterior. A perspectiva de renegociações entre os Estados Unidos e a China, após as recentes medidas reportadas, continuam no centro dos negócios.

No quadro fundamental, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou no final desta segunda-feira que 68% das lavouras do cereal apresentam boas ou excelentes condições. O número ficou abaixo do esperado pelos investidores, de 69% e do indicado na semana anterior, de 70%.

Em relação ao clima, a AgResource destacou que estados como Kansas, Nebraska, Missouri e Iowa receberam volumes expressivos de chuvas nas últimas 24 horas. Já em Illinois, Indiana e Ohio, o cenário foi árido, com chuvas escassas e temperaturas elevadas.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Milho: De olho no clima no Meio-Oeste, mercado recua mais de 2 pts no pregão desta 2ª em Chicago

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta segunda-feira (20) em campo negativo. As principais posições da commodity ampliaram as perdas e finalizaram o dia com quedas de mais de 2 pontos. As cotações recuaram pelo segundo dia consecutivo.

O vencimento setembro/18 era cotado a US$ 3,62 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,76 por bushel. O março/198 encerrou a sessão a US$ 3,88 por bushel e o maio/19 era negociado a US$ 3,95 por bushel.

De acordo com informações reportadas pelo site internacional Agriculture.com, as cotações foram pressionadas negativamente pelas perspectivas favoráveis para a safra dos EUA. "O milho foi mais baixo devido à proximidade da colheita com rendimentos recordes antecipados", disse Jason Roose, da US Commodities ao site internacional.

O final de semana foi de chuvas no Meio-Oeste americano e as previsões ainda indicam precipitações nos próximos dias. Cenário que alimenta a expectativa de uma boa colheita no país nesta temporada, ainda conforme a Reuters.

Já no período de 25 a 29 de agosto, as previsões do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - indicam chuvas variadas, acima e abaixo da normalidade no cinturão de produção do cereal. As temperaturas deverão ficar acima da normalidade em grande parte do Meio-Oeste.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza no final da tarde de hoje as informações sobre as lavouras americanas. Até a semana anterior, cerca de 70% das plantações apresentavam boas ou excelentes condições e a safra foi projetada em 370 milhões de toneladas neste ciclo.

Ainda hoje, o departamento americano trouxe os números dos embarques semanais de milho. Na semana encerrada no dia 16 de agosto, os embarques totalizaram 1.096,647 milhão de toneladas, contra as estimativas dos investidores entre 1,19 a 1,4 milhão de toneladas.

Com isso, o total embarcado na temporada totaliza 55.133,487 milhões de toneladas. O volume está em linha com o observado no mesmo período do ano anterior, ainda segundo dados do USDA.

Mercado brasileiro

O início da semana foi de ligeiras movimentações aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Mato Grosso, as praças de Primavera do Leste, Alto Garças, Itiquira, recuaram 8,65%, com a saca do cereal a R$ 26,40.

Ainda no estado, a praça de Rondonópolis, caiu 8,25%, com a saca do cereal a R$ 28,90. Na região de Campinas (SP), a queda ficou em 1,13%, com a saca do milho a R$ 43,60.

Em contrapartida, em Jataí (GO), a alta foi de 3,33%, com a saca do milho a R$ 31,00. Em São Gabriel do Oeste (MS), o ganho também foi de 3,33%, com a saca do milho a R$ 31,00. Na localidade de Assis (SP), a valorização ficou em 0,89%, com a saca a R$ 34,00.

As cotações permanecem elevadas no mercado doméstico apesar do avanço da colheita do cereal da safrinha. Até a semana anterior, cerca de 83% da área plantada no Centro-Sul do país já havia sido colhida, segundo dados da AgRural.

"A alta é decorrente da retração de vendedores, que têm expectativas de preços maiores nas próximas semanas, fundamentados nas incertezas sobre a produtividade em algumas regiões, especialmente do Paraná e do Centro-Oeste", destacou o Cepea em nota.

Esse é o cenário na região de Diamantino, em Mato Grosso. O delegado da Aprosoja na região, Altemar Kroling, com uma perda de 8% a 10% na produtividade nesta temporada, os produtores finalizam a colheita e seguram as vendas à espera de melhores oportunidades.

Na localidade, a saca do cereal é cotada ao redor de R$ 22,00. E, em torno de 40% da safrinha de milho ainda precisa ser comercializada.

Dólar

A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,9577 na venda, com valorização de 1,10%. Conforme levantamento da Reuters, o nível é o mais alto desde o dia 29 de fevereiro de 2016, quando o dólar tocou o patamar de R$ 4,0035.

A valorização é um reflexo da cautela dos investidores em meio à cena eleitoral no Brasil depois que a pesquisa eleitoral CNT/MDA mostrar que o candidato que mais agrada ao mercado, Geraldo Alckmin (PSDB), continuava com pequena fatia do eleitorado. As informações foram divulgadas pela Reuters.

Fonte: Notícias Agrícolas

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