Biotecnologia

Microalga tem potencial alimentar e biotecnológico

Esses seres vivos podem sobreviver tanto em água doce como na salgada e podem ser vistas apenas com um microscópio


Publicado em: 13/07/2018 às 08:00hs

Microalga tem potencial alimentar e biotecnológico

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Algarve (UAlg), em Portugal, conseguiu isolar a microalga tetraselmis CTP4, que tem potencial alimentar e biotecnológico. A microalga pode ser cultivada para fins alimentares, produção de biodiesel e até para o tratamento de esgotos e fabricação de ração para peixes.

De acordo com Luísa Barreira, especialista em Biotecnologia Marinha da Universidade, já foram isoladas mais de uma centena de espécies de microalgas nos laboratórios do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da UAlg. Ela afirma que as microalgas são seres vivos que podem sobreviver tanto em água doce ou salgada e são vistas somente com o auxílio de um microscópio, com tamanhos que variam de 0,02 milímetros de diâmetro até maiores, que podem ser cultivados em uma escala industrial.

“As microalgas não são consideradas ainda um alimento tradicional e, esta microalga, para poder realmente ser comercializada para a alimentação humana, precisa de passar por um processo de aprovação na UE, o que ainda demore algum tempo", explica.

A pesquisadora diz que as utilidades das aplicações biotecnológicas das microalgas são infinitas e auxiliam vários setores da sociedade. Segundo ela, o próximo passo é tentar a busca de outros mercados além do biodiesel, já que este é muito barato e acaba por não valorizar totalmente o trabalho de isolamento das microalgas. “As aplicações biotecnológicas são imensas e o biodiesel acaba por ser um produto barato e acaba por valorizar pouco esta microalga”, pontua.

Um exemplo positivo é a empresa Algarfarm, localizada no parque empresarial da Secil, em Alcobaça, no distrito de Leiria, que já produz microalgas em Portugal desde 2006. A unidade foi criada para diminuir a liberação de dióxido de carbono da indústria de cimento.

Fonte: Agrolink

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