Aveia, Trigo e Cevada

Liberação de trigo russo atrasa; instrução deve beneficiar Norte e Nordeste, diz fonte

Maggi comentou, na ocasição, que as importações serão liberadas com a condição de que o trigo seja totalmente processado perto dos portos, evitando-se assim a propagação de eventuais pragas ou doenças país afora, semelhante ao que a Rússia faz com a soja brasileira


Publicado em: 12/12/2017 às 20:10hs

Liberação de trigo russo atrasa; instrução deve beneficiar Norte e Nordeste, diz fonte

A instrução normativa que deve liberar a importação de trigo russo, prevista inicialmente para ser publicada nesta sexta-feira, sairá apenas na próxima semana e dará prioridade para portos e moinhos localizados nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, disse nesta sexta-feira à Reuters uma fonte do Ministério da Agricultura. Na última quarta-feira, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse, durante evento em São Paulo, que o documento permitindo a compra de trigo da Rússia sairia ainda nesta semana, em um passo considerado importante para que o país euroasiático reabra seu mercado às carnes brasileiras.

Maggi comentou, na ocasição, que as importações serão liberadas com a condição de que o trigo seja totalmente processado perto dos portos, evitando-se assim a propagação de eventuais pragas ou doenças país afora, semelhante ao que a Rússia faz com a soja brasileira. “Essa instrução dará os critérios e requisitos necessários para quem for fazer importação de trigo russo, preferencialmente para portos e moinhos no Norte e Nordeste, por causa da proximidade (com a Europa)”, disse a fonte à Reuters, sob condição de anonimato.

Segundo a fonte, a instrução normativa não foi publicada nesta semana justamente porque o governo ainda está estudando quais terminais e moinhos poderão receber o trigo russo. O Brasil é um importador líquido de trigo. A produção brasileira em 2017 foi estimada pelo governo em menos de 5 milhões de toneladas, após a produção recorde de 6,7 milhões de toneladas em 2016, que desestimulou o plantio neste ano em meio a preços mais baixos.

Fonte: Reuters

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