Suíno

Imprinting Sensorial e Desempenho Suíno em pauta na PORKEXPO 2018

Bruno Silva, professor e pesquisador da UFMG, palestra no IX Congresso Internacional de Suinocultura sobre impressão sensorial e comportamento animal


Publicado em: 13/07/2018 às 16:00hs

Imprinting Sensorial e Desempenho Suíno em pauta na PORKEXPO 2018

O Comportamento animal é desenvolvido a partir da interação de influências genéticas e ambientais. Alguns comportamentos são mais influenciados por fatores genéticos do que comportamentais. Entretanto, existe toda uma gama de diferentes misturas de comportamentos inatos e aprendidos. E, partindo dessa premissa, Bruno Silva, professor e pesquisador da UFMG, levará até a PORKEXPO e IX Congresso Internacional de Suinocultura, que serão realizados em Foz do Iguaçu, de 26 a 27 de setembro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, a palestra: "Imprinting Sensorial: Criando vínculos para melhorar o desempenho do suíno".

O professor explica que muitos dos padrões comportamentais aprendidos são dependentes de mecanismos inatos. Pássaros precisam ouvir seus colegas adultos cantar, caso contrário seus padrões canoros se tornarão adulterados e irreconhecíveis para outros membros da espécie. “O mesmo acontece com um leitão que é dotado de mecanismos cerebrais para buscar alimento, mas ele deve aprender a usá-los com a porca. Diversos estudos usando diferentes técnicas neurobiológicas têm implicado a parte intermediária e medial de uma estrutura chamada hiperestriado ventral em ambos os lados do cérebro, como sendo uma das prováveis estruturas para o armazenamento da associação do imprinting”, salienta.

A presença de componentes voláteis em flavorizantes leva, segundo estudos, aproximadamente 18 horas para serem detectados no leite da porca. O processo de desmame é uma mudança de fase que pode causar um estresse, e levar ao impacto econômico na produção. De acordo com Bruno, quando o leitão é separado da mãe e misturado com outros leitões ocorre toda uma desestruturação social, ambiental, imunológica e alimentar. “Desta forma a criação de uma impressão sensorial, fornecendo um aditivo ou nutriente na ração da mãe, que é transmitido pelo leite ou via contato com a ração da porca, permitiria a criação no leitão de uma memória positiva”. O mesmo componente, se utilizado na ração dele na etapa seguinte, poderia ser associado com a maternidade, o que facilitaria e amenizaria o estresse e o momento de adaptação ao desmame.

Bruno Silva é zootecnista formado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Mestre em bioclimatologia animal pela UFV, doutor em bioclimatologia e nutrição de suínos pela UFV e pelo Institut National de la Recherche Agronomique – INRA (França) e pós-doutorado em Nutrição de suínos pela UFV. Foi pesquisador em nutrição de suínos no Institute for Pig Genetics – IPG (Holanda). Desde 2012 é professor e pesquisador em nutrição e produção de suínos, Adaptação Ambiental e Nutrição de Monogástricos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É editor associado do periódico cientifico internacional Animal: An International Journal of Animal Bioscience; e editor associado da Revista Brasileira de Zootecnia. Desenvolve pesquisas nas áreas de exigências nutricionais e ambiência de suínos em regiões de clima tropical.

Fonte: Comunicação PORKEXPO

◄ Leia outras notícias