Publicado em: 01/03/2018 às 07:40hs
Duas espécies do vírus causador podem ser identificadas (BVD tipo 1 e BVD tipo 2), sendo que as prevalências variam em todo o mundo. Cerca de 50% dos isolados na América do Norte são de BVD tipo 2, enquanto na Europa a maior prevalência é de BVD tipo 1, com mais de 90% (1, 2).
Dados de vigilância na Europa demonstram que entre 60-95% dos rebanhos sofreram exposição ao vírus (quase exclusivamente BVD tipo 1, embora muitos países apenas testam para BVD, não diferenciando as cepas).
A maioria dos produtores europeus estão familiarizados com a BVD tipo 1, mais comumente pela observação dos resultados da imunossupressão - bezerros fracos ou doentes, aumento dos sinais de doença respiratória e baixo desempenho reprodutivo.
A BVD tipo 2 manifesta-se de forma marcantemente diferente, com virulência significativa e consequências frequentemente devastadoras. A infecção também leva à imunossupressão, o que significa que outras doenças podem ocorrer de forma mais graves e, algumas vezes, fatais.
Frequentemente haverá evidências de uma típica doença respiratória viral, incluindo febre, depressão, inapetência e secreção ocular e nasal, seguida por diarreia vários dias após o início da doença. As feridas ou ulcerações na boca e gengiva podem estar presentes, juntamente com a redução na produção de leite.
A BVD tipo 2 também pode levar à síndrome trombocitopênica (hemorragia), onde o vírus infecta células sanguíneas e medula óssea, causando destruição de células vermelhas, redução da função de coagulação e sangramento de feridas, lesões e órgãos internos.
Assim como acontece com a BVD tipo 1, a infecção em estágios específicos da gestação pode levar ao nascimento de animais PI (persistentemente infectados), que são capazes de disseminar o vírus ao longo de suas vidas.
Por Kleber Lemos, coordenador técnico de grandes animais da Boehringer Ingelheim Saúde Animal
Fonte: Boehringer Ingelheim Saúde Animal
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