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Fast Agro espera crescer mais de 40% neste ano

Empresas é especializada em produtos que atuam na parte fisiológica de plantas, com foco em soja, milho, algodão e feijão


Publicado em: 05/06/2018 às 17:00hs

Fast Agro espera crescer mais de 40% neste ano

Empresa especializada em produtos para fisiologia e nutrição de plantas, a Fast Agro espera forte crescimento na receita neste ano, algo entre 40% e 42% em relação ao resultado do ano passado. A aposta dos executivos está, principalmente, na ampliação do catálogo e a chegada ao mercado em algumas regiões onde ainda não tinha operações comerciais.

Campos não informa o quanto a empresa, especificamente, fatura por ano. Diz apenas que ela está inserida em um mercado que, no geral, movimenta cerca de R$ 4 bilhões. E, citando informações da Abisolo, entidade que reúne as empresas que fabricam produtos como micronutrientes e fertilizantes foliares, garante que, no últimos cinco anos, a empresa cresceu 30%, acima da média do segmento, que foi de 23%.

A Fast Agro está no mercado há oito anos, apostando em um grau de especialização cada vez maior dos produtores e produtos usados na lavoura. O catálogo da empresa tem 26 produtos, voltados, principalmente para culturas de soja, milho, feijão e algodão. Além do Brasil, tem operações na Argentina e no Paraguai.

Na visão da companhia, o agricultor está mudando sua percepção sobre esse tipo de produto e sua aplicação no campo. A maior disposição de usar a tecnologia favorece a ampliação da clientela.

"Estamos vendo esse mercado como bola da vez. Assim como os biológicos e micronutrientes, esses produtos eram mal vistos e deixados de lado pelo produtor. Mas alguns começaram a ter bons resultados e passaram a fomentar o uso dessa tecnologia", diz Rodrigo Campos, gerente de marketing da empresa.

Campos explica que o tipo de produto com que a empresa trabalha não é apenas um nutriente, mas também um estimulante. Quando atuam na fisiologia das plantas, diz ele, controlam o desenvolvimento com a intenção de explorar melhor o potencial produtivo.

Em uma planta de soja ou feijão, por exemplo, uma das possibilidades é limitar o crescimento vertical. A consequência seria o desenvolvimento de mais massa foliar, resultando em mais vagens e mais grãos. Além disso, evitar o risco da planta crescer demais e a máquina não colher tudo.

A soja responde por 80% do total dos negócios da Fast Agro. O milho detém 10%, com feijão e algodão respondendo por 5% cada. Com uma atuação forte na região da BR-163 e no Oeste da Bahia, grande parte do otimismo da empresa para este ano se concentra na produção de soja e algodão.

Na oleaginosa, Campos observa que os preços estão em níveis, elevados, assim como a taxa de câmbio. E, em que pese o efeito das discussões comerciais entre Estados Unidos e China, a soja brasileira se mantém competitiva no mercado internacional, com a expectativa de exportações acima da média.

Em relação à pluma, o diretor de marketing da Fast Agro avalia que, em função do consumo estar maior, os preços internacionais aumentaram e estimularam o produtos a plantar.

"Acreditamos em um crescimento de 10% nas vendas para esses clientes. A perspectiva para soja e algodão é semelhante. Mercado em ascensão, aumento de área, com produtores mais capitalizados e que adotam tecnologia", diz o diretor de marketing.

Mesmo para o milho, cuja previsão é de colheita menor nesta safra, Rodrigo Campos não deixa de ver um cenário positivo. Segundo ele, o consumo do cereal deve aumentar, por conta de uma maior produção de carnes e processamento para etanol. Além da queda dos estoques, com uma revisão das expectativas de exportação do cereal brasileiro.

"No feijão, estamos percebendo um movimento de todas as associações, preocupadas e se unindo, fazendo estudos para esclarecer o produtor sobre que é melhor plantar. E há variedades com melhores preços", acrescenta o executivo.

Câmbio

Embora considere a valorização cambial como positiva do ponto de vista do cliente, como no caso da soja, Campos reconhece, por outro lado, que tem sido fator de risco importante para a empresa. Como trabalha com 90% de matéria-prima importada, os custos sofrem o impacto das variações da cotação do dólar que, nas últimas semanas, principalmente, vem engatando uma tendência de alta, chegando a superar os R$ 3,70.

Campos afirma que, na Fast Agro, a luz de alerta está ligada para o movimento da moeda americana. Embora o dólar valorizado favoreça as vendas externas, aumenta os custos para quem depende de insumos importados. Não apenas a empresa, como o mercado de uma forma, geral, diz o executivo, teve que se adequar, remarcando os preços.

“Essa adequação foi geral pois no nosso mercado ou as empresas são dolarizadas ou trabalham com matérias primas importadas ou ambas situações. Média geral de adequação nossa e do mercado percebida é de aumento em 15%”, admite Campos.

Fonte: Globo Rural

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