Preços Agropecuários

FAO: Preços dos alimentos registram maior nível desde outubro de 2017

Em relação ao mesmo mês do ano passado, a elevação é de 1,2%.


Publicado em: 11/06/2018 às 17:40hs

FAO: Preços dos alimentos registram maior nível desde outubro de 2017

O índice de preços mundiais dos alimentos, medido pela Agência de Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO), subiu 2,2% em maio na comparação com abril e atingiu 176,2 pontos, o maior número desde outubro de 2017. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a elevação é de 1,2%.

Conforme a FAO, houve aumento significativo nos preços do lácteos e, em menor intensidade, nos cereais, que não compensaram a redução nos óleos vegetais e no açúcar.

O indicador para lácteos subiu pelo quarto mês consecutivo e ficou em 215,2 pontos, com alta de 5,5% em comparação a abril. Houve elevação nos valores do leite desnatado, queijo e manteiga.

Os preços dos cereais tiveram alta média de 2,4%, com o indicador a 172,9 pontos. A FAO explica que a trajetória é ascendente desde começo do ano, com destaque para o trigo, devido à perspectiva de queda na produção mundial. Menor estimativa de colheita de milho no Brasil e Argentina também foram considerados e impulsionaram os valores.

As carnes caíram menos de 1 ponto percentual na comparação mensal, para 169,6 pontos em maio, refletindo o alívio nos preços da carne suína e ovina, enquanto a carne de frango aumentou ligeiramente. “Embora os preços de aves tenham subido, este mercado foi difícil de monitorar nas últimas semanas devido à incerteza em torno da situação no Brasil, o maior exportador de carne de frango do mundo, onde milhões de aves foram abatidas após uma prolongada greve dos caminhoneiros em maio”, diz o texto de divulgação da FAO. Os preços da carne bovina permaneceram estáveis.

Em queda ficaram os indicadores de óleos vegetais e açúcar. O primeiro recuou 2,6% na comparação mensal, para 150,6 pontos, marcando a quarta queda consecutiva. O índice para açúcar chegou a 175,3 pontos, 0,5% menos que em abril, com sexto mês de declínio.