“O açúcar está num período de baixa no mercado internacional. Depois de dois anos bons, estamos com superávit mundial (a oferta vai ser maior que a demanda)”, diz o executivo. Somado a isso, Campos explica que, como a Petrobras está adotando uma política de acompanhar o mercado internacional de petróleo, isso tem dado previsibilidade maior ao setor de etanol. “Se essa política continuar, temos como prever as variações de preços para os próximos meses. Isso dá uma sustentação maior à produção de etanol”, conta o representante dos usineiros.

Grandeza do setor

O setor sucroalcooleiro gera 170 mil empregos entre diretos e indiretos em Minas Gerais. O faturamento anual dessa indústria é de cerca de R$ 10 bilhões, sendo que boa parte desse montante é reinvestido no próprio setor, informa Mario Campos. Com 34 usinas em operação no Estado, o presidente da Siamig conta ainda que outras duas usinas retomarão as atividades em 2020. “O setor está voltando a investir no Estado”, comemora Campos.

Reflexo na bomba

A moagem de cana-de-açúcar – 64 milhões de toneladas – deve ser igual à safra passada. Mesmo assim, o presidente da Siamig, Mario Campos, explica que é possível aumentar a produção de etanol já que a produção de açúcar deve ter alteração. “Terminamos o ano passado com 1,5 bilhão de litros de etanol hidratado consumidos em Minas Gerais. Isso foi exatamente a nossa produção de etanol. Vamos aumentar a oferta. Se forem 1,7 bilhão de litros, 1,8 bilhão de litros de etanol hidratado, vamos ter a demanda muito parecida”, calcula Campos. O consumidor também pode esperar um preço mais vantajoso. “Somos o segundo maior Estado consumidor de etanol no país. Vamos ter etanol competitivo em boa parte dos meses deste ano”, anuncia Campos.