Publicado em: 16/04/2018 às 12:10hs
Depois de vários meses de negociações, os países terminaram de entrar em acordo sobre um protocolo sanitário para a comercialização. Até o momento, o Brasil vinha abastecendo mais de 93% da carne importada pela Argentina. A importação cobre, segundo estimativas, mais de 10% do mercado.
"Será um desastre para a produção nacional. De 4600 estabelecimentos que existem de criação de suínos, 2000 poderão desaparecer", disse Uccelli. Segundo o presidente, o setor emprega 38.000 pessoas.
Uccelli lembra que os Estados Unidos enfrentam a doença da síndrome respirátória e reprodutiva (PRRS) em suínos, o que afeta a produção. A Argentina é livre essa doença. Embora o risco de transmissão pela carne seja baixo, uma vez instalada essa doença poderá trazer sérios efeitos para a produtividade. Enquanto o Canadá e a Dinamarca deram garantias de que os suínos enviados para a Argentina não possuem essa enfermidade, os Estados Unidos não pôde dar.
Recentemente, a carne suína dos Estados Unidos também foi colocada entre os produtos a serem taxados em 25% pela China, de forma que o preço por quilo do suíno vivo nos Estados Unidos caiu de US$1,40 para US$1.
"Essa é uma mensagem interna para os produtores dos Estados Unidos, porque a China poderá ser fechada, mas se abre a Argentina", avaliou Uccelli.
Fonte: La Nación
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