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Entidades pretendem melhorar indicadores do leite

Organizações se unem ao Cepea a fim de modificar metodologias e melhorar indicadores do leite


Publicado em: 13/04/2018 às 17:20hs

Entidades pretendem melhorar indicadores do leite

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Viva Lácteos (Associação Brasileira de Laticínios) se uniram ao Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a fim de melhorar os indicadores do leite e modificar metodologias que serão efetivamente implementadas ainda neste ano. Através dessa parceria, será implementada uma nova forma de coleta de dados, possibilitando gerar resultados até o 10º dia útil do mês e divulgar médias de preços antecipadamente para os sete estados de produção.

A pesquisa conduzida pelo Cepea nas empresas de leite localizadas nos estados de Goiás, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul corresponde a cerca de 45% do volume total da Pesquisa Trimestral do Leite, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Natália Grigol, pesquisadora da Equipe Leite do Cepea, afirma que essa mudança vai melhorar o sistema agroindustrial do leite (SAG) e diminuir riscos na comercialização. " O Cepea espera gerar dados mais estratégicos para o setor e contribuir para o processo de coordenação do SAG do leite, que vem ganhando força ano a ano", declara.

Segundo a pesquisadora, a coordenação dos diferentes segmentos do SAG garantirá que objetivos comuns sejam alcançados, promoverá uma maior competitividade e elevará a eficiência nas transações. Ela cita que a produção leiteira é muito grande dentro da agropecuária, representando 15,9% do valor bruto da produção agropecuária (VBP) no ano anterior. "Diante da produtividade média de apenas 4,5 litros/vaca/dia, fica evidente que o Brasil ainda tem enorme potencial para ir além", explica.

A organização do setor leiteiro se elevou expressivamente durante os últimos cinco anos através de caminhos semelhantes aos adotados por outros mercados agropecuários. Para a pesquisadora isso é só o começo, ainda é preciso viabilizar mais investimentos, elevar a qualidade da matéria-prima, além de estimular o consumo e expansão de políticas públicas para o setor.

Fonte: Agrolink

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