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Embarques de carne salgada sofrem forte refluxo

Depois de atingirem a média mensal de 16 milhões de toneladas no primeiro ano da presente década, entre 2012 e 2016 as exportações de carne de frango salgada se estabilizaram em torno dos 15 milhões de toneladas mensais


Publicado em: 17/04/2018 às 18:20hs

Embarques de carne salgada sofrem forte refluxo

Mas em 2017, os volumes estipulados nos contratos renovados após a deflagração da Operação Carne Fraca caíram sensivelmente. E o volume médio embarcado no decorrer do período ficou ligeiramente aquém dos 12 milhões de toneladas mensais.

Em 2018, antes mesmo que os efeitos da revelação da manipulação de dados laboratoriais afetassem esses embarques, o volume embarcado recuou ainda mais: na média do trimestre janeiro-março ficou aquém dos 7,5 milhões de toneladas/mês, ou seja, caiu mais de 50% em relação ao que se exportou nos cinco anos decorridos entre 2012 e 2016.

O curioso é que, a despeito da fortíssima redução no volume embarcado, o preço alcançado tem evoluído positivamente. Assim, na média do primeiro trimestre de 2018 a carne de frango salgada foi negociada por US$2.619,74/t, valor quase 25% superior aos US$2.107,37/t de idêntico período de 2017.

Os industrializados de frango também obtiveram incremento de preço – bem mais modesto, de 4,5%. Mas como o volume embarcado apresentou recuo superior a 35%, sua receita cambial, a exemplo da dos industrializados, foi cerca de um terço menor.

Já o produto in natura continua com os preços em queda. O frango inteiro acumula redução superior a 11%; seus cortes, de quase 6%. E como, além disso, os embarques de frango inteiro recuaram 16,5% e o de cortes aumentou menos de 5%, a receita cambial de ambos também apresentou evolução negativa, fazendo com que a receita global do trimestre ficasse quase 12% aquém da obtida em igual período de 2017.

Fonte: AviSite

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