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ECONOMIA: Ilan diz que G-20 deve zelar pelo comércio global

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou na segunda-feira (20/03) que o papel do G-20 é garantir que o comércio internacional continue saudável e que não haja uma onda protecionista no mundo


Publicado em: 22/03/2018 às 20:00hs

ECONOMIA: Ilan diz que G-20 deve zelar pelo comércio global

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou na segunda-feira (20/03) que o papel do G-20 é garantir que o comércio internacional continue saudável e que não haja uma onda protecionista no mundo. O tema dominou as discussões, nesta segunda, na Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Banco Central do G-20, na Argentina.

EUA - Questionado sobre as recentes medidas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar taxas sobre a importação de aço e alumínio, ele afirmou que a questão comercial não é algo que está explicitamente na pauta do G-20, mas que o risco é que uma redução no comércio global possa afetar o crescimento. "Essa questão [uma possível guerra comercial] é encarada mais como um risco do que como algo que vai acontecer. Afeta também os EUA. Todo o esforço tem de ser no sentido de que não venha a mudar esse fluxo benigno de crescimento no mundo".

Situação global - O presidente do BC observou que a situação global atualmente é benigna, com crescimento "em todos os cantos do mundo, inclusive no Brasil e na Argentina". Segundo Ilan, sempre se fala no G-20 sobre a situação atual, mas também dos riscos, ou seja, se o cenário de crescimento com juros muito baixos será mantido. "A pergunta é como vai ser a normalização da política monetária no mundo e os juros, se isso coloca em risco o crescimento. Sempre alertamos que uma normalização suave é bem-vinda. Temos de ter cuidado com sobressaltos que venham a afetar os fluxos de capitais para os emergentes", disse.

Criptomoedas - Sobre outro tema que surgiu recorrentemente durante o encontro, as criptomoedas, Ilan disse que esse tipo de instrumento é mais um ativo financeiro do que uma moeda. "Nenhum banco central de qualquer parte do mundo está dando lastro como moeda". Questionado se o Brasil poderia avançar nesta regulação, ele disse que primeiro é preciso olhar o que outros países estão fazendo, entender quais os problemas e benefícios desses ativos.

Tecnologias - "Todo mundo é a favor das tecnologias, nesse caso o blockchain, que tem vários usos, mas (criptomoedas) têm riscos. Existe consenso de que não vamos ser complacentes com isso", explicou. Ele lembrou que o BC já emitiu alerta aos investidores, mas que não existe nenhuma proibição no momento. "É muito importante ver como está essa questão no G20, mas não há preocupação sistêmica".

Fonte: Portal Paraná Cooperativo

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