Mercado Florestal

Diesel e dólar pressionam custos da atividade florestal e levam a aumentos acima da inflação

A variação do Índice Nacional de Custos da Atividade Florestal (INCAF) no segundo trimestre de 2018 foi de 2,3%, acima da inflação medida pelo IPCA


Publicado em: 21/08/2018 às 17:40hs

Diesel e dólar pressionam custos da atividade florestal e levam a aumentos acima da inflação

A variação do Índice Nacional de Custos da Atividade Florestal (INCAF) no segundo trimestre de 2018 foi de 2,3%, acima da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo) no mesmo período, que ficou em 1,9%. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação do INCAF foi de 7,4%, quase o dobro da inflação, de 3,8%. Calculado pela Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia, o INCAF monitora a evolução dos custos da atividade florestal no Brasil e é divulgado trimestralmente.

“A alta internacional do petróleo e a valorização do dólar pressionaram os preços do óleo diesel e dos fertilizantes importados que são dois importantes componentes do INCAF”, explica Dominique Duly, gerente de consultoria em Energia e Agroindústria da Pöyry no Brasil e que coordena a elaboração do índice. No curto prazo, a evolução do INCAF nem sempre repercute nos preços de madeira pagos pelas indústrias, que dependem muito mais do balanço entre a oferta e a demanda ou de alguns fatores exógenos, como o dinamismo do mercado de construção americano. Contudo, é um importante termômetro que possibilita avaliar a rentabilidade dos produtores de madeira.