Transgênicos

CTNBio libera importação de milho transgênico dos EUA

A medida pode destravar uma série de negócios de importação e potencialmente amenizar a escassez do cereal no país


Publicado em: 13/10/2016 às 09:45hs

CTNBio libera importação de milho transgênico dos EUA

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quinta-feira (06/10) o uso de três variedades de milho transgênico dos Estados Unidos para produção de ração no Brasil. A medida, defendida por lideranças da suinocultura, pode trazer alento ao setor, amenizando a escassez do cereal no país e freando o preço no mercado doméstico.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, disse à agência de notícias Reuters que negociações de compra de milho dos EUA pelas indústrias de aves e suínos já estavam ocorrendo e dependiam apenas do sinal verde da CTNBio para serem finalizados.

Segundo ele, a expectativa é de que o milho norte-americano possa ajudar a abastecer o mercado local de agora até janeiro, quando grãos da nova safra brasileira começarão a chegar ao mercado. "Não significa que vamos importar quantidades que comprometam (a demanda da) próxima safra (do Brasil). Vai compatibilizar custos, vamos ter garantia de exercer nossa atividade", disse Turra.

A notícia foi bem recebida pelos produtores de suínos do Vale do Piranga. Para o diretor financeiro da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap) e da Cooperativa dos Suinocultores de Ponte Nova e Região (Coosuiponte), João Leite, a liberação do milho dos Estados Unidos traz um fôlego para o mercado de suínos. “Essa medida vai amenizar o preço do milho no mercado brasileiro. É um passo à frente para estabilizar o nosso negócio”, comemora.

Para o gerente geral da Assuvap e Coosuiponte, Júlio Márcio Natali, essa era uma das medidas mais aguardadas pelo setor. “Penso que essa liberação é muito importante para o mercado do grão, que continua muito especulado. É mais uma opção de compra, um ponto positivo para regulação de preços e uma notícia que tranquiliza os potenciais compradores a respeito do medo de falta do produto no mercado”, completa.

Fonte: ASSUVAP

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