Avicultura

Crise na avicultura faz aumentar demanda por controle de custos

Metodologia de acompanhamento e benchmarking da Agri Stats tem registrado maior procura por parte de clientes


Publicado em: 20/08/2018 às 15:20hs

Crise na avicultura faz aumentar demanda por controle de custos

O mercado avícola tem experimentado sucessivas baixas neste ano de 2018. O embargo da União Europeia, a crise dos caminhoneiros e, mais recentemente, a sobretaxa da China à carne de frango do Brasil são temas que têm impactado fortemente a performance do setor. Atentos à margem operacional e lucro, empresas produtoras de frango tem buscado o controle de custos de produção como forma de reduzir as perdas e a competitividade. A Agri Stats, líder mundial em análises e relatórios estatísticos para a agroindústria, registrou um aumento de quase 30% em solicitações de clientes por um novo olhar sobre custos.

Como o maior exportador de carne de frango do mundo, o Brasil embarcou, em 2017, 4,320 milhões de toneladas da proteína. Para 2018, a expectativa no início do ano era que este número aumentasse até 3%, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal. No entanto, os fatos recentes levaram as empresas a repensar a produção e cortar custos para não amargarem prejuízos.

“Os primeiros reflexos em impacto econômico em frango de corte, conversão alimentar, mortalidade e condenação total e parcial aumentaram demasiadamente nos últimos quatro meses. E acreditamos que este impacto ainda terá consequências nos próximos meses”, avalia Geraldo Broering, gerente geral da Agri Stats.

A consultoria, com sede nos Estados Unidos, possui uma metodologia própria para avaliação de custos de cada etapa de produção de seus clientes, a fim de posicionar as empresas em um ranking geral de preços de produção. O objetivo final é que a empresa identifique se seus custos são positivos ou se podem ser melhorados, além de apontar oportunidades de otimização de seu processo, aumentando sua competitividade.

“Nossa ferramenta é fundamentada na metolodogia do benchmarking, oferecendo uma visão ampla e detalhada de todas as etapas do negócio em termos de custos, produtividade e performance. Clientes do Sul ao Nordeste têm entrado em contato diariamente solicitando visitas para ter uma visão externa que auxilie onde buscar mais eficiência e competitividade”, explica Broering.

Entre as empresas contratantes da ferramenta, cerca de 30% solicitaram uma nova revisão do processo de custos adotado, com foco na redução de valores para manutenção de margens ou redução de perdas. “Em geral, as empresas têm focado fortemente nestes dois pontos: aumento de rendimento de carnes, WOG (carcaça) e partes, e em como ser mais competitivas no mercado. Estamos nos concentrando nesses dois pontos porque o nosso setor trabalha com a relação centavos/kg, ou seja, uma análise detalhada e o controle de custos são fundamentais.”, avalia.

Segundo a consultoria, o foco em custos de produção é um tema novo no mercado, visto que há pouco mais de 10 anos a atenção das empresas produtoras de proteína, em geral, estava voltada exclusivamente à índices de produtividade, como conversão alimentar, mortalidade e aproveitamento.

Na avaliação do gerente, não há dúvidas sobre a qualidade da carne brasileira, conquistada com muito esforço e trabalho do setor, e do status sanitário diferenciado do País. “É possível superar os recentes desafios com a abertura de novos mercados para exportação da carne brasileira. Acordos bilaterais podem ajudar muito, a exemplo do Chile, que vende sua carne a mais de 70 países. Não podemos ficar reféns de Europa e China, ainda mais neste momento de protecionismo econômico”, conclui o gerente.

Fonte: Note! Assessoria de Comunicação

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