Aveia, Trigo e Cevada

Construção de moinho deve viabilizar plantio de trigo em Mato Grosso

É num terreno com pouco mais de 16 mil metros quadrados que pode estar o passaporte para o avanço (ou o recomeço) da triticultura mato-grossense


Publicado em: 10/08/2018 às 18:00hs

Construção de moinho deve viabilizar plantio de trigo em Mato Grosso

Na área, localizada no distrito industrial de Cuiabá, será construído um moinho com capacidade para processar diariamente até 120 toneladas de trigo por dia. A implantação da indústria deve resolver o maior dos entraves para esta cultura no estado: a falta de compradores para o que sai do campo.

A confirmação do investimento foi feita pelo diretor comercial do Moinho Dona Hilda, empresa de Mariápolis (PR) que irá abrir uma filial por aqui. Durante reunião da Câmara Técnica do Trigo, João Antônio Sentchuk, anunciou que a previsão é de que até 2020 a indústria comece a operar. A escolha por Mato Grosso é fruto da comprovação da qualidade do trigo produzido no cerrado, bem como do potencial de expansão da triticultura nestas terras.

Para atender a demanda prevista apenas com o produto “made in MT”, será necessário cultivar algo em torno de 6 mil hectares de trigo irrigado, ou 12 mil hectares de trigo de sequeiro – já que a produtividade nestas áreas é menor. A estimativa é do engenheiro agrônomo Hortêncio Paro, que lidera as pesquisa do trigo no estado e coordena a Câmara Setorial do Trigo.

Após a assinatura e aprovação do projeto para a construção do moinho, a indústria Dona Hilda deve realizar reuniões com os produtores de diversas regiões do estado. A ideia é apresentar o projeto e conquistar a confiança dos agricultores diante da nova alternativa de cultivo. A empresa também busca parceiros para consolidar o trigo aqui no estado, entre eles, cooperativas de produtores.

A novidade promete dar uma nova perspectiva para o setor, minimizando riscos de prejuízos como os sofridos pelo agricultor Lino Ambiel, de Nova Mutum. Ele é um dos apoiadores ao cultivo do trigo em Mato Grosso e destinou parte da área da fazenda para a cultura. Com bom desempenho no campo, o Ambiel enfrentou dificuldades justamente na hora de comercializar a produção.

Fonte: Cenário MT

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